ONU acusa regime de Assad de usar gás Sarin
A ONU acusou o regime sírio de Bashar al-Assad de ser o responsável pelo ataque químico na região de Idlib que fez mais de 80 mortos, incluindo 30 crianças, em Abril. A França veio dizer esta sexta-feira que desta vez a impunidade não será aceite.
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O relatório dos peritos da ONU e da Organização para a interdição das armas químicas (Opaq) é uma “confirmação de graves violações do regime sírio que se tinha comprometido em 2013 a desmantelar o arsenal químico”, declarou o porta-voz do ministério francês do Negócios estrangeiros, Agnés Romatet-Espagne.
“A impunidade não será aceitável. A França vai continuar a trabalhar com os seus parceiros, em Nova Iorque e em Haia, para obter conclusões operacionais do relatório e para determinar a melhor forma de sancionar os responsáveis destes ataques, lutando desta forma contra a proliferação das armas químicas”, acrescentou.
Investigação confirma as suspeitas
ONU e Opaq entregaram ontem um relatório de investigação conjunta sobre ataque à cidade de Khan Cheikhoun, na província de Idlib, que fez mais de 80 mortos, incluindo 30 crianças, em Abril. Os especialistas concluíram que avião militar sírio usou gás sarin no bombardeamento.
A investigação vem confirmar as suspeitas iniciais de França, Estados Unidos e Reino Unido. "O relatório confirma o que há muito tempo sabemos ser verdade", disse em comunicado a embaixadora americana na ONU, Nikki Haley.
Ian Levine, director de programas da Human Rights Watch , disse à RFI que o relatório da ONU vem confirmar o que a ONG tinha dito em Maio, num relatório, e espera agora que “os responsáveis sejam levados à justiça”.
Ian Levine lembra, porém, que ao nível do Conselho de Segurança da ONU a Rússia continua a proteger a Síria. “Todos os esforços que foram feitos para levar o caso da Síria ao Tribunal Penal Internacional todos falharam, porque o governo da Rússia vetou a proposta de mandar a Síria para o TPI”, acrescentou.
Ian Levine, director de programas da Human Rights Watch
A Rússia que já veio colocar em questão o relatório da ONU.
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