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Líbano

Líbano: Saad Hariri anunciou demissão do cargo de PM

O primeiro-ministro libanês, Saad Hariri, anunciou a sua demissão do cargo a partir de Riade, onde residem a sua esposa síria e os seus três filhos. Saad Hariri nasceu na Arábia Saudita e tem também essa nacionalidade.

Saad Hariri, primeiro-ministro demissionário do Líbano.
Saad Hariri, primeiro-ministro demissionário do Líbano. REUTERS/Mohamed Azakir
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O primeiro-ministro libanês, Saad Hariri, anunciou neste sábado de maneira surpreendente a sua renúncia ao cargo, acusando o Hezbollah e seu aliado Irão no Líbano.

"Anuncio a minha demissão do cargo de primeiro-ministro", declarou Saad Hariri, que está na Arábia Saudita, num discurso transmitido pelo canal de notícias Al-Arabiya.

A renúncia, totalmente inesperada, acontece um ano depois da sua nomeação à frente do governo libanês, que conta com a participação do poderoso movimento armado xiita Hezbollah.

"Sinto que minha vida está em risco", disse Saad Hariri, antes de afirmar que o Líbano vive uma situação similar à registada antes do assassinato do seu pai, Rafik Hariri, ex-primeiro-ministro, em 2005.

Quatro membros do Hezbollah foram detidos em conexão a esta morte, que deixou o Líbano em estado de choque.

O Hezbollah é um aliado chave do regime de Bashar al-Assad na guerra na vizinha Síria. Tem o apoio de Teerão e é o único partido libanês que não entregou as armas no fim da Guerra Civil no Líbano, entre 1975 e 1990.

"O Irão tem um controlo sobre o destino dos países da região [...]. O Hezbollah é o braço do Irão não apenas no Líbano, mas também nos outros países árabes", denunciou Saad Hariri.

A guerra na Síria provocou ainda mais cisões no Líbano, dividido entre opositores e partidários do regime de Damasco. Saad Hariri opõe-se fervorosamente ao governo sírio.

Irão já reagiu

O ministério das Relações Exteriores do Irão afirmou que "lamenta" a renúncia do primeiro-ministro libanês Saad Hariri, ao mesmo tempo que rejeitou as suas "acusações infundadas" contra o Irão.

"A repetição de acusações infundadas contra o Irão mostra que esta demissão é um novo cenário para criar tensões no Líbano e na região", declarou o porta-voz do ministério, Bahram Ghasemi.

O porta-voz também negou "qualquer interferência nos assuntos internos do Líbano".

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