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Cultura

Pintura de Leonardo da Vinci arrematada por valor recorde

O quadro "Salvator Mundi", atribuído a  Leonardo da Vinci, foi arrematado, esta quarta-feira, por mais de 380 milhões de euros. É o valor mais alto pago por uma peça de arte num leilão. Para o galerista Philippe Mendes, que esteve no leilão, “o preço foi uma coisa completamente louca”.

Leilão na Christie's. 15 de Novembro de 2017.
Leilão na Christie's. 15 de Novembro de 2017. TIMOTHY A. CLARY / AFP
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É um novo recorde em leilões do mercado de arte: o quadro "Salvator Mundi", atribuído ao mestre renascentista Leonardo da Vinci, foi arrematado, esta quarta-feira, por 450 milhões de dólares, cerca de 380 milhões de euros.

A pintura superou o recorde anterior de 179,4 milhões de dólares pagos por "Les femmes d'Alger", de Pablo Picasso, em 2015.

Até ao golpe do martelo , a sala esteve “eléctrica” e quando se atingiu a soma de 200 milhões de euros “houve um silêncio”, contou o galerista Philippe Mendes, que esteve no leilão.

Quando chegou a 200 milhões, houve assim um silêncio e parou tudo surpreendido com o valor assim tão alto. As pessoas estavam à espera e quando chegou a 400 milhões, estávamos tão surpreendidos com aquele preço. Claro que houve palmas, mas acho que o preço foi uma coisa completamente louca”, considerou.

Apesar da atribuição do quadro a Da Vinci, em 2005, vários especialistas têm dúvidas sobre a sua autoria ou sobre a intervenção real do mestre no quadro.

Philippe Mendes reconhece o traço, o estilo e o "mistério" de Da Vinci na tela, não tendo dúvidas sobre a sua autoria. O galerista alerta, porém, que a obra está muito restaurada e que só a mão e o cabelo do Cristo mantêm rastos de Leonardo da Vinci.

Não tenho dúvidas que seja Leonardo da Vinci mas o quadro está completamente restaurado e a cara do Cristo já não tem quase nada de Leonardo da Vinci. Neste caso, 400 milhões para um quadro que foi muito restaurado é muito”, considerou.

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Philippe Mendes, Galerista em Paris

O quadro, de 65 cm por 45 cm, foi reconhecido como um autêntico Leonardo da Vinci em 2005 e pertencia até agora ao bilionário russo Dimitri Rybolovlev, um oligarca exilado que preside o clube de futebol AS Mónaco e que tinha comprado a tela por 127,5 milhões de dólares.

Com cinco séculos, “Salvator Mundi” mostra Cristo com vestes de estilo renascentista, com a mão direita levantada em bênção e a mão esquerda a segurar uma esfera de cristal.

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