Pernil português importado pela Venezuela retido na Colômbia
A Venezuela afirma que 2.200 toneladas de pernil estão retidas na Colômbia, depois de Portugal ter negado as acusações do presidente Nicolás Maduro sobre a falta deste alimento tradicional de Natal que prometeu distribuir ao povo.
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Depois de acusar Portugal e os EUA, a Venezuela acusou esta quinta-feira a Colômbia de impedir o fornecimento do pernil para o país. O pernil de porco faz parte da tradição venezuelana que é servido na época natalícia.
"Informo à Venezuela que as 2200 toneladas de pernil estão retidas na Colômbia", escreveu o ministro venezuelano da Agricultura Urbana, Freddy Bernal, na sua conta do Twitter.
"É importante ressaltar que 60% do pernil que até agora foi distribuído foi graças à compra efectuada aos produtores nacionais, já que a percentagem programada foi sabotada pelos EUA e seus aliados comerciais no mundo", rematou Freddy Bernal.
Uma das empresas portuguesa que vende pernil de porco à Venezuela acusa o país de ter em atraso o pagamento de 40 milhões de euros. A Raporal nega qualquer sabotagem e garante que é a Venezuela que não pagou os fornecimentos realizados no ano passado.
Norberto Nunes, membro do partido de oposição Vontade Popular, destacou que começaram a levar-se desmentidos quanto ao bloqueio destas 2200 toneladas de carne congeladas na fronteira venezuelana e realça que a real preocupação é a escassez e elevado preço dos produtos alimentares primários na Venezuela.
Norberto Nunes, membro do partido de oposição Vontade Popular
Ontem, Nicolás Maduro acusou Portugal de sabotar a importação de pernil de porco para a Venezuela. Augusto Santos Silva, chefe da diplomacia portuguesa, descartava qualquer envolvimento político no caso.
Augusto Santos Silva, chefe da diplomacia portuguesa
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