Papa começa visita ao Chile

O Papa Francisco começa hoje uma visita ao Chile, a primeira etapa de uma viagem de praticamente uma semana à América do Sul que o vai levar, depois, ao Peru. No Chile o sumo pontífice deverá lidar com o recuo da prática religiosa num país, ainda assim, predominantemente católico.

Papa Francisco acena ao embarcar para o Chile no Aeroporto Internacional Fiumicino em Roma, Itália, a 15 de Janeiro de 2018. REUTERS/Max Rossi

Apenas 45% dos chilenos se declaram actualmente católicos, contra 75% no início dos anos 90, revela um estudo do instituto Latino Barometro.

Marta Lagos a respectiva directora atribui, nomeadamente, o recuo da prática religiosa ao peso dos casos de pedofilia na Igreja denunciados há oito anos.

"A Igreja ficou fortemente afectada não só devido aos casos, mas também por ter mal reagido aos mesmos."

A população censuraria o facto de altos responsáveis da Igreja católica terem encoberto durante anos os casos em causa.

A sociedade chilena também tem evoluído num sentido pouco coerente com os preceitos da Santa Sé.

A presidente Michelle Bachelet, promoveu a abertura do casamento a casais de mesmo sexo e a descrimininalização do aborto.

Os gastos esta deslocação cifram-se em mais de 15 milhões de dólares, parte desta soma foi avançada pelo governo, facto criticado também por sectores da sociedade chilena.

Leonarda Silva, tem 60 anos e denuncia estes gastos.

"Acho que se gastou demasiado dinheiro, podendo este ser investido noutras coisas."

Esta é a sexta viagem do chefe dos católicos, de nacionalidade argentina, à América latina, depois do Brasil, Equador, Bolívia, Paraguai, Cuba, México e Colômbia.

O Papa avista-se com comunidades indígenas e carentes e deve abordar temáticas como a corrupção, para além de um encontro previsto com vítimas da ditadura militar de Augusto Pinochet, na década de 70.

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Crónica sobre visita do Papa ao Chile