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Espanha/Catalunha

Independentista preside parlamento catalão

Os dois partidos independentistas Juntos pela Catalunha e Esquerda Republicana da Catalunha elegeram hoje Roger Torrent para presidente do parlamento regional, com 65 votos a favor e 56 contra e pretendem empossar Carles  Puigdemont como presidente da Generalitat.

Carles Puigdemont, presidente destítuido da região da Catalunha
Carles Puigdemont, presidente destítuido da região da Catalunha REUTERS/Eric Vidal
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A 21 de Dezembro as eleições regionais antecipadas ditaram a maioria absoluta para os partidos independentistas com 47,5% de votos, o que lhes garante uma maioria de 70 dos 135 deputados.

01:27

Catalunha, continua o braço de ferro em torno da Presidência da região

A sessão inaugural da nova legislatura do parlamento catalão reunido esta quarta-feira (17/01) pela primeira vez desde então, elegeu com 65 votos a favor e 56 contra, Roger Torrent, 38 anos, deputado do partido Esquerda Republicana da Catalunha, que tem 32 assentos no parlamento regional, com votos também do partido Juntos pela Catalunha, do presidente destítuido Carles Puigdemont, que tem 34 deputados.

Esta eleição contou ainda com o apoio tácito do partido Catalunha em Comum - próximo do partido de esquerda radical Podemos - cujos oito deputados votaram em branco.

Roger Torrent vai arbitrar as sessões parlamentares, cuja próxima etapa será a eleição da Mesa do Parlamento, instância encarregue da ordem do dia e do respeito pelo regulamento, que aceitará ou não a investidura à distância - via internet ou vídeo conferência - de Carles Puigdemont, destítuido de Presidente da Generalitat a 27 de Outubro pelo primeiro-ministro Mariano Rajoy, pouco depois de ter proclamado unilateralmente a independência da Catalunha.

Carles Puigdemont e quatro outros deputados independentistas continuam desde então voluntariamente exilados em Bruxelas e são alvo de mandados de detenção em Espanha, enquanto três outros deputados estão em liberdade condicional em Madrid, todos são acusados entre outros de "rebelião e secessão".

O debate sobre a investidura tem que realizar-se até 31 de Janeiro, mas o primeiro-ministro Mariano Rajoy já avisou ontem (16/01) que jamais aceitará a investidura à distância de Carles Puigdemont, e caso tal venha a ocorrer será apresentado recurso junto do Tribunal Constitucional, que provavelmente anulará a eventual investidura, o que terá como consequência imediata a manutenção da Catalunha sob tutela de Madrid ao abrigo do artigo 155 da Constituição.

Juristas espanhóis estão divididos entre a legalidade ou não deste voto à distância.

Segundo o ministro da economia, Luis de Guindos, esta crise política numa região de 7,5 milhões de habitantes, que fornece 19% do PIB espanhol, já custou mais de mil milhões de euros ao país e um decréscimo no crescimento da região, da qual desde o referendo pela auto-determinação mais de 3.000 empresas reitaram as suas respectivas sedes.

A bolsa de Madrid registou esta quarta-feira (17/01) uma queda de 0,45%.

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