Costa Rica: duelo entre Alvarados na segunda volta
A segunda volta das eleições presidenciais na Costa Rica vai opor a 1 de Abril dois homens com o mesmo apelido "Alvarado", embora de famílias diferentes e com visões distintas do país. O pastor evangélico Fabricio Alvarado foi o mais votado com praticamente 25% dos votos com uma forte oposição à abertura do casamento aos casais de mesmo sexo, Carlos Alvarado representa o partido do presidente cessante.
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Mais de 3 milhões de eleitores costa-riquenhos devem escolher a 1 de Abril qual será o seu chefe de Estado por nenhum dos candiatos presentes ter alcançado 40% na primeira volta deste domingo.
Assim frente a frente em Abril estarão Fabricio Alvarado e Carlos Alvarado.
Apesar de terem o mesmo apelido os dois não são nem da mesma família civil nem política.
Fabricio Alvarado é pastor evangélico e jornalista, com apenas 43 anos ele representou o Partido Restauração nacional no pleito.
O favorito das sondagens obteve quase 25% dos votos e ao festejar o resultado fê-lo na presença da mulher e das filhas frisando a importância da família, numa clara referência ao seu posicionamento ao longo da campanha contra a abertura do casamento a casais de mesmo sexo.
Fabricio Alvarado, candidato mais votado nas eleições da Costa Rica
Ele criticou, nomeadamente, o posicionamento do Tribunal Interamericano de Direitos Humanos instando o país a legislar em prol do reconhecimento das uniões entre pessoas do mesmo sexo.
Ele defrontará Carlos Alvarado, o mais jovem dos candidato (38 anos), que se define como "progressista do centro", representando o Partido Acção Cidadã, no poder.
Este defende um governo de unidade nacional e uma reforma fiscal, tendo-se posicionado em prol da abertura do casamento a casais de mesmo sexo.
Minor Vega, um dos seus partidários, declara-se optimista quanto ao desfecho da segunda volta.
Minor Vega, adepto do PAC, partido do presidente cessante na Costa Rica
As eleições deste domingo neste país da América central permitiram ainda renovar o parlamento.
O Partido Libertação nacional, o terceiro mais votado para as presidenciais, obteve o maior número de assentos (17), contra 14 para a força de Fabricio Alvarado e 9 para o PAC de Carlos Alvarado.
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