Netanyahu pode ser acusado de corrupção
O primeiro-ministro de Israel, fragilizado por um caso político-judicial, rejeita qualquer acusação de corrupção e garante que não vai a eleições antecipadas. A polícia recomenda que Netanyahu seja acusado por corrupção.
Publicado a:
A polícia israelita recomendou ao Procurador-Geral que Benjamin Netanyahu seja acusado de dois crimes de corrupção, abuso de confiança e fraude.
O primeiro-ministro confirmou a recomendação das forças de segurança e alegou total inocência. "Estas recomendações não têm qualquer valor jurídico numa sociedade democrática " afirmou o chefe de Governo hebreu que garantiu, igualmente, que a coligação no governo é “estável” e sem “projecto de eleições [antecipados]”.
Depois de dois anos de investigação, a polícia recomendou que Netanyahu seja acusado de corrupção em dois casos, “existem provas suficientes contra o primeiro-ministro para acusá-lo de ter aceitado subornos, de fraude e abuso de confiança", pode ler-se no comunicado oficial.
No primeiro caso, Benjamin Netanyahu é acusado de ter recebido subornos, na forma de presentes de luxo, por parte de vários multimilionários. Ofertas que foram avaliadas em milhares de dólares.
A polícia considera, ainda, que houve corrupção no acordo secreto que Netanyahu tentou concretizar com o dono do jornal Yedioth Ahronoth, para uma cobertura favorável aos seus interesses e em troca o executivo tentaria tirar relevância ao jornal concorrente Israel Hayom.
A decisão de processar o político de 68 anos depende do Procurador-geral, Avishai Mandelblit, e pode levar meses.
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro