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Afeganistão/EUA

Talibãs apelam ao diálogo com os EUA

Os talibãs afegãos lançaram um apelo ao diálogo com as autoridades americanas, esta terça-feira. Trata-se da primeira vez que os insurgentes se mostram disponíveis a participar em negociações com vista a colocar um ponto final no conflito que dura desde 2011.

Talibans apelam ao diálogo com os EUA
Talibans apelam ao diálogo com os EUA REUTERS/Mohammad Ismail
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Vinte quatro horas antes do início da segunda conferência regional para a paz em Cabul, os talibãs mostraram-se disponíveis para o diálogo com os Estados Unidos, conversações que seriam mantidas com os representantes do grupo rebelde no Qatar.

“O gabinete político do Emirado islâmico do Afeganistão lança um apelo aos responsáveis americanos para negociações directas, com vista a uma solução pacífica para o problema afegão”, pode ler-se no comunicado publicado na página de internet dos taliban, que desde 2013 têm uma representação em Doha.

“Se os americanos aceitarem as exigências legítimas do povo afegão e exprimirem as suas exigências e preocupações para um diálogo pacífico, isto poderá ajudar a encontrar uma solução”, acrescentam.  

 

Na conferência desta quarta-feira participam os representantes de vinte e cinco países da região, entre eles a India e o Paquistão, acusado de apoiar os insurgentes. A reunião conta ainda com a presença dos Estados Unidos da América e três organizações internacionais, entre elas está a ONU.

Desde Março de 2016 que os talibãs têm recusado oficialmente participar em qualquer tipo de discussões com vista à paz. Os insurgentes rejeitaram os apelos de diálogo proposto pelo governo, exigindo como contrapartida “ o fim da ocupação estrangeira” do Afeganistão.

Trata-se da primeira vez que os insurgentes se mostram disponíveis a participar em negociações com vista a resolver o conflito que dura desde 2011. Os talibãs que escreveram recentemente uma carta aberta ao “povo americano e ao congresso” para explicar que “a guerra não é a nossa escolha, mas é-nos sim imposta” e reclamar uma solução pacífica para o conflito.

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