Colômbia: “Uribismo” vence sem maioria e Farc com fraco resultado
O partido do Centro Democrático, fundado e liderado pelo ex-presidente Álvaro Uribe, venceu as legislativas deste domingo na Colômbia, mas sem maioria. A formação obteve 19 assentos no Senado e 33 na Câmara dos Deputados. As Farc, que participaram pela primeira vez, obtiveram um baixo resultado.
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O partido do Centro Democrático, fundado e liderado pelo ex-presidente Álvaro Uribe, venceu as legislativas mas não conquistou maioria. A formação obteve 19 dos 102 senadores, abaixo dos seus actuais 20 senadores e abaixo das sondagens que apontavam para 24. Ainda assim, conseguiu expandir o número de representantes da Câmara dos Deputados de 19 para 32 (em 166 assentos).
Álvaro Uribe foi reeleito senador, depois de ter liderado a oposição ao acordo de paz com as FARC (agora Força Alternativa Revolucionária Comum).
A lista da FARC alcançou 0,34% dos votos no Senado e 0,22% na Câmara dos Deputados. Ainda assim, o agora partido vai ter cinco senadores e cinco representantes na Câmara, como definido no acordo de paz.
Ivan Duque e Gustavo Petro na corrida às presidenciais de 27 de Maio
Este domingo, também foram organizadas primárias da direita e da esquerda para as presidenciais de 27 de Maio.
Ivan Duque, delfim do antigo presidente Álvaro Uribe, venceu a primária da coligação de direita com 68% dos votos face a Marta Lucia Ramirez (26%) e Alejandro Ordonez (6,4%). O advogado, de 41 anos, tem como principal bandeira a sua oposição ao acordo de paz que no ano passado desarmou as FARC e as transformou em partido político.
A Força Alternativa Revolucionária Comum não vai participar nas presidenciais após a retirada do seu candidato, o antigo chefe rebelde Rodrigo Londono, que foi operado ao coração.
A coligação de esquerda vai ser representada por Gustavo Petro, antigo autarca de Bogotá, que venceu por 85% dos votos frente a Carlos Caicedo (15,31%). Gustavo Petro é um economista de 57 anos e antigo guerrilheiro do extinto Movimento 19 de Abril, sendo conhecido pelas denúncias que fez sobre ligações entre os paramilitares de ultradireita com políticos e pelos vínculos que tinha com o antigo presidente venezuelano Hugo Chavez.
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