Começa em Lima, capital do Perú, cimeira das Américas

Decorre hoje e amanhã, em Lima, a cimeira das Américas, marcada pela crise política e social na Venezuela e por escândalos de corrupção na região nomeadamente no próprio Perú ou no Brasil. Uma cimeira marcada ainda pelas ausências dos presidentes venezuelano, Maduro e americano, Donald Trump.

Cimeira das Américas 13 e 14 de abril, em Lima, marcada pela crise na Venezuela e corrupção na região REUTERS/Ivan Alvarado

A corrupção que sacode a região e a criação duma frente comum contra o presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, são os pontos fortes, da cimeira das Américas, que começou, hoje, 13 e termina, amanhã, 14, em Lima, no Perú.

Duas ausências muito notadas, a do presidente venezuelano, Maduro, que não está disposto a ouvir críticas dos seus homólogos e a do presidente dos Estados Unidos, Trump, que anulou no último minuto a sua ida a Lima.

O presidente americano, preferiu ficar em Washington, para "supervisionar a resposta americana" a um putativo ataque químico do presidente sírio contra população civil em Douma, o que até hoje ainda não foi provado.

Assim, é o vice-presidente americano, Mike Pence, que representa os Estados Unidos na cimeira de Lima, assim como a filha de Trump, Ivanka, que vai promover o papel das mulheres na economia do continente americano.

Donald Trump, adoptou desde a sua chegada ao poder, uma política de imigração dura em relação aos países da região nomeadamente o México, o que tem sido denunciada pelos seus homólogos. 

A semana passada, anunciou, por exemplo, a instalação de 2.000 a 4.000 militaires na sua fronteira meridional para estancar a imigração clandestina, sublinhando que podem ali ficar até à construção do prometido muro na fronteira com o México.

Questões que a cimeira das Américas, não deixará de abordar, apesar dos temas centrais serem a crise política na Venezuela, com a maioria dos países da região decidida a isolar o Presidente socialista radical, Maduro.

Os líderes dos países vizinhos da Venezuela, estão inclusivamente dispostos a não reconhecer os resultados das eleições presidenciais antecipadas de 20 de maio, manipulados antecipadamente por Maduro.

Preocupam igualmente os líderes da região os recentes escândalos de corrupção no Brasil, com a prisão do ex-presidente Lula da Silva, ou do ex-presidente peruano, Pedro Pablo Kuczynski, demitido, pelas mesmas razões de corrupção.

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Cimeira das Américas começa, em Lima, no Perú