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Venezuela

Venezuela: “Apatia eleitoral” em vésperas das presidenciais

Mergulhada numa crise económica e política, a Venezuela tem eleições presidenciais este domingo. Em vésperas do escrutínio, vive-se uma apatia eleitoral, contou à RFI Fernando Campos, Conselheiro das Comunidades Portuguesas na Venezuela, que não espera surpresas do voto.

Caracas. 11 de Maio de 2018.
Caracas. 11 de Maio de 2018. Luis ROBAYO / AFP
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Fernando Campos vive há cerca de 40 anos na Venezuela, onde é gerente de um supermercado português e Conselheiro das Comunidades Portuguesas. Ainda que não vote por não ter adquirido nacionalidade venezuelana, o empresário está muito pessimista quanto ao futuro do país e quanto à votação de domingo, não esperando surpresas das presidenciais.

“Realmente não se sente espírito eleitoral, não há expectativas. Há muita apatia, muita apatia”, descreveu o português, sublinhando que não deverá haver surpresas no escrutínio e que Nicolás Maduro se deverá manter na presidência porque “não vai deixar o poder de maneira nenhuma” e que “é uma questão de sobrevivência política”.

06:50

Fernando Campos, Conselheiro das Comunidades Portuguesas na Venezuela

Os quatro candidatos são o actual presidente Nicolás Maduro, do Partido Socialista Unido da Venezuela, Henri Falcón, dissidente do chavismo, Javier Bertucci e Reinaldo Quinada.

Fernando Campos alertou para a pobreza extrema que se vive no país e disse que “a demagogia está na ordem do dia”, em referência à postura ambivalente de Nicolás Maduro enquanto candidato e enquanto Presidente.

Nicolás Maduro - que espera ser reeleito Presidente para o período 2019-2015 - prometeu melhorar a economia do país, que se afundou face à queda dos preços internacionais do petróleo, mas também à má administração económica que levou o país e a petrolífera estatal a endividarem-se.

Na Venezuela, há actualmente restrições cambiais, escassez de produtos básicos alimentares e de medicamentos, com denúncias de crise humanitária.

A inflação em 2018, segundo projecções do Fundo Monetário Internacional, será de 14.000%.

Para além do Presidente da República, os venezuelanos vão eleger os membros dos concelhos legislativos em 23 Estados do país.

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