Emmanuel Macron e a emancipação dos subúrbios
O Presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou hoje uma série de medidas destinadas a reabilitar os bairros pobres dos subúrbios, púdicamente chamados "zonas desfavorecidas", ou "sensíveis”. Mas prometeu mudar de estratégia, destinada a construir uma política de emancipação.
Publicado a: Modificado a:
Emmanuel Macron recebia hoje, no Palácio do Eliseu, cerca de 600 pessoas, entre membros do Governo, empresários, dirigentes locais, e começou por explicar que não iria fazer propostas como os seus predecessores, porque as políticas de reabiliação para as chamadas zonas "desfavorecidas", ou "sensíveis", têm mais de quarenta anos, e não deram muito bons resultados.
Oiça aqui um extracto da alocução do Presidente Emmanuel Macron, dobrado por Miguel Martins:
Presidente Emmanuel Macron dobrado por Miguel Martins
Emmanuel Macron não apresentou estatísticas nem orçamentos, e limitou-se a sugerir soluções, algumas delas inspiradas por um relatório que tinha sido apresentado recentemente ao Governo pelo antigo Ministro Jean - Louis Borloo.
Durante uma hora e meia, Emmanuel Macron pediu ajuda às empresas, aos membros do Governo, aos principais actores sociais, para que seja implementada uma politica de emancipação, e rejeitou aquilo que chamou a “prisão domiciliaria” de populações inteiras.
Entre as medidas preconizadas, podemos citar a construção de escolas; o aumento significativo de profissionais nas creches; um vasto plano de formação profissional e emprego para os jovens; aumento da "polícia de proximidade"; multas para os consumidores de resina de canábis.
A renovação urbana, porém, parece ser um ponto fraco neste plano, e já foi criticado por alguns edis e líderes políticos da oposição, acusando Macron de falta de vontade política neste assunto, ou de não criar condições para resolver os "verdadeiros problemas" dos subúrbios.
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro