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JAPÃO

Japão: mais de cem mortos nas intempéries

Mais de cem pessoas morreram no Japão na sequência das intempéries. O governo ordenou a evacuação de praticamente 6 milhões de pessoas, milhares de casas foram destruídas, com importantes estragos como corte de estradas, aluviões e descarrilamento de comboios. O primeiro-ministro que deveria efectuar esta semana um périplo europeu acabou por o cancelar.

As inundações no Japão têm deixado isoladas muitas comunidades.
As inundações no Japão têm deixado isoladas muitas comunidades. Reuters
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Face à gravidade da situação o primeiro-ministro Shinzo Abe decidiu cancelar o périplo previsto a partir de quarta-feira à Bélgica, França, Arábia Saudita e Egipto.

De acordo com o governo nipónico esta medida visa dar a prioridade "ao salvamento dos sinistrados e à reconstrução".

O canal de televisão NHK fazia mesmo um balanço de 125 mortos e 61 desaparecidos.

Trata-se de uma das piores catástrofes no Japão desde 1983, em 2014 derrocadas tinham provocado em Hiroshima, no sul, 74 mortos.

Takehiro Hozumi dirige a Associação de ajuda e salvamento em Tóquio. Ao telefone de Zeenat Hansrod ele confirma que estas cheias foram das piores que o arquipélago viveu.

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Takehiro Hozumi, Associação de ajuda e salvamento de Tóquio

"Nesta altura do ano é a época chuvosa no Japão, mas agora foi um nível muito excepcional e com estragos mais avultados do que é normal.

Ainda há pessoas em zonas remotas, sobretudo idosos, que não tiveram o tempo necessário para fugir da área e que por vezes estão presas em casa, daí as equipas de resgate estarem a tentar fazer o máximo para deslocar essas pessoas para áreas mais seguras.

Creio que os estragos mais avultados foram nas infrestruturas, tanto rodoviárias, como ferroviárias.

Em muitas zonas da parte ocidental do Japão as estradas foram engolidas pelas derrocadas, algumas vias férreas foram destruídas bem como pontes.

E, obviamente, há muitas casas submersas pelo que não se poderá resolver isso até o nível das águas baixar."

Cerca de 73 000 bombeiros, polícias e militares estão mobilizados para tentar salvar vidas.

Um aparato que implica cerca de 700 helicópteros e milhares de veículos terrestres.

Fábricas como a Panasonic, Mitsubishi Motors e a Mazada foram obrigadas a suspender as suas actividades, bem como serviços como a Amazon.

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