Emmanuel Macron e Theresa May analisam Brexit
O Presidente Emmanuel Macron recebeu hoje na sua residência estival, no sudeste da França, a primeira ministra britânica Theresa May, que assolada por criticas internas e pela inflexibilidade de Bruxelas, quer o apoio da França para o Brexit.
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No cerne deste encontro, estiveram os obstáculos a ultrapassar para a conclusão do acordo sobre a retirada do Reino Unido da União Europeia e o futuro das relações entre estas duas entidades, divorciadas a partir dda noite entre 29 e 30 de Março de 2019.
As negociações devem retomar em finais de Agosto, depois de meses de impasse, mas Londres e Bruxelas terão que chegar a um acordo sobre as condições do divórcio até à cimeira europeia em meados de Outubro.
Mas Paris não pretende substituir-se ao processo pilotado por Michel Barnier, encarregado pela União Europeia de discutir com Londres, pelo que não foram feitas declarações.
Emmanuel Macron e Theresa May analisam Brexit
Segundo Michel Barnier já há consenso sobre 80% das modalidades do mesmo, mas não no que diz respeito a pontos importantes como a espinhosa questão da fronteira com a Irlanda do Norte abrangida pelo Brexit e a Irlanda, que continua a ser em Estado membro da União Europeia.
Theresa May deve também ter evocado o "livro branco" publicado em Julho por Londres, com propostas para definir a relação entre o Reino Unido e a União Europeia, mas o Presidente Emmanuel Macron tem que manter a posição europeia comum, que é de primeiro negociar a retirada e só depois discutir a relação mútua.
No Reino Unido residem cerca de 300.000 cidadãos franceses e a França é considerada um dos principais obstáculos a uma maior flexibilidade da posição da União Europeia nas negociações, o que Paris desmente.
Esta semana esta foi a terceira visita de alto nível a França de responsáveis britânicos, depois das dos novos ministros dos Negócios Estrangeiros Jeremy Hunt e do Brexit Dominic Raab, nomeados no inicio de Julho, após as demissões respectivamente de Boris Johnson e David Davis.
Jeremy Hunt admitiu aliás esta terça-feira estar "preocupado com o verdadeiro risco de um Brexitr sem acordo", o que foi corroborado no dia seguinte na imprensa britânica pelo governador do Banco de Inglaterra Mark Carney.
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