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Arábia Saudita/Canadá

Canadá não cede a pedido saudita

O Canadá afirmou, através do Primeiro-ministro Justin Trudeau, que não ia ceder à Arábia Saudita, que quer um pedido de desculpa referente ao caso de "interferência flagrante" na sua política interna.

Justin Trudeau, Primeiro-ministro canadiano.
Justin Trudeau, Primeiro-ministro canadiano. REUTERS/Chris Wattie
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O imbróglio prossegue entre a Arábia Saudita e o Canadá. Ontem a Arábia Saudita, através do seu Ministro dos Negócios Estrangeiros, Adel bin Ahmed Al-Jubeir, afirmou que a única solução para pôr fim a este contencioso entre os dois países, seria o Canadá rectificar o seu "enorme erro", rejeitando qualquer mediação.

Hoje foi a vez do Primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, falar do caso, assegurando que não vai pedir desculpas à Arábia Saudita.

"Os canadianos esperam do Governo que fale com firmeza, clareza, e com respeito dos Direitos Humanos no nosso país e no Mundo. Sempre o fizemos e vamos continuar a fazê-lo, segundos os valores canadianos, os valores universais, os direitos humanos, e isto em qualquer ocasião. É a vontade dos canadianos e vamos continuar a fazê-lo. Claro que continuamos com a nossa ligação diplomática e política com o reino da Arábia Saudita. Respeitámo-lo. É um país importante no Mundo e reconhecemos os progressos em certos aspectos, mas em qualquer momento, continuaremos a falar claramente e com firmeza dos Direitos Humanos no Canadá e no Estrangeiro, sempre que for necessário", concluiu.

Ouça aqui as declarações de Justin Trudeau.

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Justin Trudeau, Primeiro-ministro canadiano

Recorde-se que isto tudo ocorre, depois de o Canadá ter pedido a libertação de activistas presos por defenderem direitos civis e das mulheres, a Arábia Saudita respondeu com a suspensão de novos investimentos e ligações comerciais com o país, expulsando o embaixador canadiano e pedindo ao seu enviado no Canadá que abandonasse o país.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros saudita referiu que o pedido foi uma "interferência flagrante" na sua política interna, argumentando ainda que "a atitude negativa e surpreendente do Canadá" tem por base "uma afirmação totalmente falsa e incorrecta".

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