Pilotos da Ryanair em greve
400 voos da Ryanair foram cancelados em cinco países europeus por falta de pilotos, que exigem melhores condições de trabalho.
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Esta sexta-feira a Ryanair regista o pior dia da greve de pilotos da transportadora low-cost. Em época alta, mais de 55 mil passageiros viram os seus voos cancelados por falta de pilotos.
Apesar da Ryanair ser uma low cost tem de cumprir os critérios de segurança como as outras companhias aéreas afirma Paulo Alexandre Soares, docente em operações de transporte aéreo.
"A Ryanair, provavelmente, esgotou a capacidade de confiança e de negociação individual dentro de portas. Trabalhar na Ryanair, apesar de ser uma companhia low cost, ela terá de cumprir os critérios de segurança rigorosamente iguais aos que cumprem as outras companhias. Para cumprir este tipo de requisitos internacionais e europeus obriga a que haja custos superiores aquilo que a própria Ryanair gostaria de não ter", descreve.
Os pilotos fazem greve na Alemanha, na Suécia, na Bélgica, na Holanda e na Irlanda. Os pilotos reivindincam contra a falta de negociação dos salários e pedem melhores condições laborais, que passam pelo aumento de despesas para a transportadora.
A companhia recusou-se a indemnizar os passageiros cujos voos foram cancelados, para além de ter reembolsado o preço do bilhete. Entrevistado pelo vespertino Le Monde, Michael O’Leary, CEO da empresa, afirmou que “a Ryanair cumpre a legislação” e que, segundo a lei, nenhuma indemnização é obrigatória.
Paulo Alexandre Soares, docente em operações de transporte aéreo
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