Papa escreveu aos fiéis sobre abusos sexuais
O Vaticano divulgou nesta segunda-feira uma carta inédita do Papa Francisco onde o sumo pontífice critica os casos de abusos sexuais por parte do clero. O chefe dos católicos apelou à união dos crentes para "erradicar esta cultura da morte". O Papa admitiu ter-se negligenciado e abandonado as crianças.
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Pela primeira vez na história o Papa dirige-se directamente aos fiéis sobre uma questão que nas últimas décadas e e em muitas latitudes tem fragilizado a idoneidade da Igreja e dos seus representantes.
O Papa Francisco alega que "as feridas nunca prescrevem".
O lider da Igreja Catolica admite “vergonha e arrependimento” pela forma como a Igreja lidou com estes crimes e pede a ajuda de todos os católicos para eliminar o que chamou de "cultura de morte", ainda que reconhecendo que "nunca será suficiente pedir perdão e reparar o dano causado".
Esta é a primeira vez que um Papa se dirige aos fiéis e ao mundo para falar de abusos sexuais.
A carta surge numa altura em que centenas de casos de abusos sexuais dentro da Igreja Católica, e encobertos por ela, estão a ser notícia nos EUA, mas também no Chile, Austrália e Irlanda, que ele irá visitar no fim de semana.
O Papa que é aguardado no próximo fim de semana na Irlanda para encerrar o Encontro mundial das famílias que começa nesta terça-feira neste país europeu.
Filipe Ribeiro de Menezes, professor universitário em Manyooth, perto de Dublin, alega que o país se preparou condignamente para acolher as centenas de milhares de pessoas que vêm ouvir o Papa.
Todavia ele alega que a Igreja tem perdido muitos praticantes e que também muita da sua doutrina social tem perdido terreno, entre a adopção do divórcio, da abertura do casamento a pessoas de mesmo sexo e do aborto.
Filipe Ribeiro de Menezes, professor universitário na Irlanda
Este universitário na Irlanda admite que o comportamento dos irlandeses em relação à Igreja católica se tem vindo a alterar nos últimos anos.
Irlandeses mudaram de atitude em relação à Igreja católica
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