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França

Presidente francês apresenta plano contra a pobreza

O Presidente Macron apresentou hoje o seu plano de luta contra a pobreza, um plano sobre 4 anos orçado em 8 mil milhões de Euros. De acordo com o INSEE, Instituto Nacional de Estatísticas e Estudos Económicos, a França contabilizava em 2016 quase 9 milhões de pobres, ou seja 14% da população, uma taxa que ascende a 19,8% para os menores de 18 anos.

"Fazer mais pelos que têm menos" é o lema do plano apresentado pelo Presidente Macron nesta Quinta-feira 13 de Setembro.
"Fazer mais pelos que têm menos" é o lema do plano apresentado pelo Presidente Macron nesta Quinta-feira 13 de Setembro. Michel Euler/Pool via REUTERS
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"Habituamo-nos demasiado ao escândalo da pobreza" lançou hoje o Presidente Macron ao apresentar o seu plano, uma estratégia colocando o acento sobre a prevenção da precariedade, designadamente entre os mais jovens logo a partir da infância.

Prevê-se 90 mil lugares nas creches para as crianças mais desfavorecidas, facilidades de acesso a refeições nas cantinas escolares, ou ainda a extensão de 16 para 18 anos da idade limite para seguir uma formação, no caso de um jovem não ter aproveitamento suficiente no sistema escolar.

Esta estratégia prevê o reforço do dispositivo "garantia jovem" para acompanhar os 16-25 anos rumo a um emprego ou formação, sendo que este dispositivo deverá passar dos actuais 100 mil beneficiários para 500 mil até 2022.

Por outro lado, este plano prevê ainda a criação de um rendimento universal de actividade, ou seja, um subsídio que será o resultado da fusão do actual rendimento mínimo juntamente -entre outras prestações- com as ajudas para o acesso ao alojamento.

Frequentemente acusado pela oposição de ser o "Presidente dos ricos" por ter suprimido o imposto sobre a fortuna logo que chegou ao poder, o Presidente francês insurgiu-se em Junho contra "o dinheiro de loucos" que se gasta com as ajudas sociais.

A oposição que o tem criticado precisamente sobre este aspecto não se mostrou convencida pelo plano divulgado hoje. Os republicanos, à direita, disseram "preferir uma política de acção e de resultados a uma política de metáforas" enquanto os socialistas evocavam "boas intenções" que do ponto de vista dos verdes "não compensam os presentes dados aos mais ricos".

Também do lado da sociedade civil, apesar destas medidas serem globalmente bem acolhidas, elas não deixam igualmente de suscitar algumas reservas, tendo sido apontado nomeadamente o orçamento limitado deste plano, o facto de não se ter abrangido as franjas mais idosas da sociedade ou ainda alegadas lacunas quanto ao acesso ao alojamento.

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