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União Europeia

UE investiga BMW, Daimler e o grupo Volkswagen

A Comissão Europeia abriu hoje um inquérito aprofundado sobre um alegado conluio entre os gigantes automóveis alemães BMW, Daimler e o grupo Volkswagen no intuito de evitar qualquer concorrência no respeitante ao desenvolvimento e dotação de tecnologias para a redução de emissões poluentes.

A nível europeu, não existem disposições legais prevendo uma data-limite para investigações sobre cartéis
A nível europeu, não existem disposições legais prevendo uma data-limite para investigações sobre cartéis AFP
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Este novo caso nos quais estão envolvidos esses 3 grandes nomes do sector automóvel foi revelado no verão de 2017 pelo semanário alemão "Der Spiegel". Poucas semanas depois, em Outubro de 2017, a Comissão Europeia anunciou ter efectuado inspecções relativas à BMW, Daimler e Volkswagen, bem como a duas filiais da Volkswagen, a Audi e a Porsche.

Com esta investigação mais aprofundada, a Comissão Europeia procura saber se este círculo terá participado em reuniões em que se entenderam secretamente quanto ao desenvolvimento das suas tecnologias limpas, no fito de evitar qualquer concorrência, o que do ponto de vista do executivo europeu "poderia ter impedido os consumidores de adquirirem carros menos poluentes, quando a tecnologia estava ao dispor dos construtores".

Perante estas suspeitas, os construtores garantiram estar a cooperar com as autoridades. Enquanto a Daimler dava a entender que existia um entendimento entre os construtores sem especificar qual, a BMW afirmou estar apegada "aos princípios de mercado livre e concorrência leal" e a Volkswagen considerou que este inquérito representa apenas "uma etapa processual".

Já colocados em dificuldade, uns após os outros, desde 2015, com a revelação do "Dieselgate", um vasto esquema abrangendo milhões de automóveis visando a ocultar o grau real de emissões poluentes, a confirmarem-se, estas novas acusações poderiam ficar caras aos gigantes alemães do automóvel. Em 2016, a Comissão Europeia aplicou uma multa de quase 3 mil milhões de Euros a quatro fabricantes europeus de camiões, sob a acusação de terem estabelecido um acordo sobre o preço de venda dos seus veículos durante 14 anos.

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