Indonésia enterra os seus mortos
Voluntários começaram hoje a enterrar numa grande vala comum os corpos das vitimas do sismo de magnitude de 7,5 e do maremoto ocorridos na sexta-feira que causaram pelo menos 844 mortos e 48 mil deslocados na ilha indonésia de Celebes, o governo receando que o balanço venha ainda a ser mais pesado.
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Quatro dias depois da catástrofe, o governo indonésio não só decretou 14 dias de estado de urgência como também aceitou a ajuda de urgência proposta por agências humanitárias e varias ONGs que se disponibilizaram a apoiar os socorros. Na ilha de Celebes, para além do balanço humano, a cidade de Palu, uma aglomeração de cerca de 350 mil habitantes, ficou totalmente destruída e falta tudo, alimentos, água potável, combustível e medicamentos.
Nesta segunda-feira, continuaram as buscas debaixo dos escombros dos principais edifícios da cidade de Palu, estimando-se que poderiam ter ficado soterradas umas 50 a 60 pessoas. Uma verdadeira corrida contra o tempo num contexto em que as infra-estruturas, redes eléctricas, estradas e pistas de aterragem foram a tal ponto danificadas que a tarefa das equipas de socorros está a ser dificultada, certas partes da ilha continuando inacessíveis.
Neste sentido, a ONU emitiu um apelo à ajuda de urgência para umas 191 mil pessoas. De acordo com as Nações Unidas, cerca de 46 mil crianças e 14 mil idosos, as populações mais vulneráveis que residem frequentemente longe dos centros urbanos onde se concentram actualmente os esforços, estão a precisar de apoio.
Refira-se que no passado mês de Agosto, o país já foi abalado por uma série de terramotos que causaram mais de 500 mortos e 1.500 feridos na ilha de Lombok, junto da ilha de Bali. O arquipélago com 17 mil ilhas situa-se no ponto de fricção de três grandes placas tectónicas, australiana, pacífica e euroasiática.
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