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Bélgica

Bélgica: incerteza após demissão de Charles Michel

Com em pano de fundo a discórdia sobre o pacto mundial da ONU sobre migrações, o primeiro-ministro belga Charles Michel anunciou terça-feira a sua demissão, isto a cinco meses das eleições legislativas de 26 de Maio.

Charles Michel, primeiro-ministro belga pediu demissão a 18 de dezembro 2018
Charles Michel, primeiro-ministro belga pediu demissão a 18 de dezembro 2018 REUTERS/Piroschka Van De Wouw
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Ameaçado de moção de censura apresentada terça-feira (18/12) pelos socialistas e ecologistas, o primeiro ministro no cargo desde 2014 preferiu demitir-se.

O governo de Charles Michel, estava fragilisado desde a renúncia a 9 de dezembro dos ministros nacionalistas flamengos, até então seus aliados no governo de coligação, como retaliação ao voto favorável da Bélgica, no dia seguinte em Marraquexe, do Pacto Global para Migração da ONU, um documento nao vinculativo, que aliás não foi rubricado por mais de uma dezena de países e que para os nacionalistas significa a perda de soberania.

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Demissão do primeiro-ministro Charles Michel

O primeiro-ministro doravante minoritário, apresentou imediatamente a sua demissão ao rei Philippe, que anunciou que o futuro governo está e cito "em suspenso".

O rei que começou esta terça-feira (19/12) a consultar os líderes políticos, prossegui-lo-á amanhã, mas segundo analistas deverá pedir a Charles Michel, que continue a dirigir interinamente o país até às eleições legislativas de 26 Maio.

Nova crise política à vista, dada a cisão irreversível entre os flamengos da região de Flandres e francófonos da Valónia, num país que detém o recorde em termos de crises governamentais, com 545 dias sem governo entre meados de 2010 e dezembro de 2011, o que não impediu a administração belga de funcionar e inclusivé de ter decidido a participação da Bélgica na intervenção militar na Líbia.

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