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ROMÉNIA

Roménia preside a União Europeia

A Roménia preside entre 1 de Janeiro e 30 de Junho de 2019 os desígnios da União Europeia. Numa altura em que pairam sobre as autoridades de Bucareste suspeitas de corrupção e, mesmo, de intimidação contra juízes.

Liviu Dragnea, líder do PSD romeno e homem forte da sombra em Bucareste, numa reunião do partido a 16 de Dezembro de 2018.
Liviu Dragnea, líder do PSD romeno e homem forte da sombra em Bucareste, numa reunião do partido a 16 de Dezembro de 2018. AFP
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Trata-se da primeira presidência romena do bloco. O país do centro do velho continente aderiu à União Europeia -UE- em 2007.

Apesar de terem beneficiado da adesão apenas 49% dos romenos pensam que a UE seria algo de positivo.

O homem forte de Bucareste, Liviu Dragnea, chefe do PSD, Partido social democrata, herdeiro do antigo partido comunista, domina a vida política.

E isto não obstante ter-lhe escapado o cargo de primeiro-ministro ao ser condenado por fraude eleitoral e ser acusado de corrupção.

Este tem conseguido adoptar nos últimos dois anos uma série de medidas, nomeadamente a reforma do sistema penal, por um governo colocado sob o seu controlo.

Medidas estas que passariam pelo enfraquecimento da luta contra a corrupção, uma exigência repetida de Bruxelas.

A 16 de Dezembro de 2018 Dragnea fez um grande discurso nacionalista denunciando o facto de a UE "tratar-nos como país de segunda zona".

Ora durante a presidência romena Bucareste deveria decidir se inscreve na ordem do dia o processo de sanções contra a vizinha Hungria ou ainda contra a Polónia por supostamente atentarem contra a independência da justiça.

Para Manuel dos Santos, antigo vice-presidente do parlamento europeu a Roménia vive "uma situação extremamente delicada em que está em causa o próprio regime democrático. Verdadeiramente o primeiro-ministro formal romeno não é o primeiro-ministro. O primeiro-ministro está na sombra, chefe do partido que comanda o governo. E, portanto, as minhas expectativas em relação à presidência romena são muito, muito baixas."

No entender deste agora eurodeputado socialista português, estes serão "seis meses de paralisação da vida europeia, em que não se vai avançar nos grandes dossiers (União económica e monetária, perspectivas financeiras para os próximos sete anos, União bancária) e tudo isso vai ter consequências sobre a credibilidade do euro. E, obviamente, aquilo que está a ser feito pelos Estados Unidos da América, nomeadamente o presidente Trump que é um combate, já não direi escondido, mas frontal contra a ideia da União Europeia e isso também tem influências sobre a estabilidade da própria moeda europeia."

01:06

Manuel dos Santos, eurodeputado socialista português

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