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Venezuela

União Europeia reconhece Guaidó presidente da Venezuela

Vários países da União europeia, como França, Reino Unido, Espanha, Áustria, Dinamarca, entre outros, reconheceram hoje o Presidente da Assembleia venezuelana, Juan Guaidó, enquanto chefe de Estado interino da Venezuela. Por seu lado, o presidente contestado, Maduro, pede ajuda ao Papa Francisco para facilitar o diálogo.

Juan Guaidó, exibindo exemplar da Constituição e reconhecido Presidente pela UE
Juan Guaidó, exibindo exemplar da Constituição e reconhecido Presidente pela UE REUTERS/Carlos Garcia Rawlins/File Photo
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Na União Europeia, a França, Reino Unido, Espanha, Áustria, Dinamarca, Suécia e República checa, reconheceram, esta segunda-feira, Juan Gaidó, como Presidente interino da Venezuela, com prerrogativas para organizar as próximas eleições.

A União europeia, tinha dado um ultimato, ao presidente contestado, Nicolas Maduro, que expirou, ontem, para ele organizar eleições presidenciais.

Mas o socialista Maduro, rejeitou o ultimato, porque, apenas se mostrou disposto a organizar legislativas talvez em março, afastando a hipótese das presidenciais. 

Assim, hoje, o Presidente francês, Emmanuel Macron, tuítou na sua conta Twitter que a França reconhecia Juan Guaidó, como "presidente com responsabilidades de implementar o processo eleitoral".

"Os venezuelanos têm direito de se exprimir livremente e democraticamente e apoiamos o grupo de contacto , criado pela União europeia, neste período de transição", sublinhou, o presidente Macron.  

A União europeia alinha-se, pois, pela estratégia do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que reconheceu desde janeiro, Juan Guaidó, como presidente e disse que não excluía enviar tropas americanas para a Venezuela.

Ainda ontem repetiu na televisão CBS, "ser certamente uma opção".

Regresso da Guerra Fria à Política Internacional 

Estamos, pois, a viver momentos que recordam a guerra fria, pois, temos dum lado o Ocidente, a retirar apoio ao ditador Maduro, apoiando o jovem Guaidó, e de outro, a Rússia e a China, países do ex-bloco comunista, apoiando Maduro, da mesma esfera ideológica.

Assim, Cremlin, denunciou a iniciativa dos países europeus como uma ingerência nos assuntos internos da Venezuela, sublinhando, que compete aos venezuelanos decidirem o seu futuro e não a países estrangeiros. 

Também a China reagiu quase nos mesmos termos, dizendo apoiar o Presidente socialista, Nicolas Maduro.

Aliás, Maduro, reagiu dizendo "não se preocupar com o que diz a Europa", prosseguuindo: "não recebemos ultimato de ninguém e recuso convocar eleições neste momento, eleições que terão lugar em 2024."

E mais: Maduro, enviou uma carta ao Papa Francisco, declarando "estar ao serviço de Cristo e neste espírito peço-vos a vossa ajuda, num processo de facilitação e de reforço do diálogo".

Ainda não houve uma resposta do Sumo Pontífice, mas o certo, é que no último fim-de-semana milhares de pessoas organizaram manifestações em várias cidades do país, nomeadamente, na capital, Caracas, reclamando a demissão do presidente contestado, Nicolas Maduro. 

02:40

União Europeia, após Estados Unidos, reconhecem Juan Guaidó, Presidente da Venezuela

 

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