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Portugal/Hungria

Rui Pinto vai ser extraditado para Portugal

O "whistleblower" Rui Pinto vai ser extraditado para Portugal após a decisão tomada nesta quinta-feira pela justiça húngara, na sequência do recurso apresentado pelo português.

Rui Pinto, whistleblower português.
Rui Pinto, whistleblower português. FERENC ISZA / AFP
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O caso mais mediático destas últimas semanas, envolvendo o pirata informático portuense, Rui Pinto, Portugal, a Hungria e toda a Europa conheceu hoje o mais capítulo. Uma saga judicial que promete continuar a apaixonar o mundo do futebol.

Rui Pinto, após prisão domiciliária e prisão efectiva na Hungria, vai ser extraditado para Portugal que tinha emitido um mandado de captura europeu. A justiça húngara decidiu validar o pedido português de extradição e deitar por terras o recurso apresentado pelo "whistleblower".

Ouça as declarações de William Bourdon, advogado francês de Rui Pinto, em exclusivo para a RFI.

01:08

William Bourdon, advogado francês de Rui Pinto

Não é uma surpresa, havia um mandado de captura europeu, o que significa que a margem de manobra dos juízes não é grande, no entanto havia argumentos jurídicos para recusar esta extradição. Agora a batalha vai continuar em Portugal. O nosso objectivo é que, uma vez transferido para Portugal, ele fique em liberdade com um controlo judicial ou com prisão domiciliária. Estamos confiantes que as acusações por chantagem vão cair porque temos a certeza que Rui Ponto não é culpado de chantagem. Isso foi um processo para o criminalizar. Se os juízes portugueses estão convencidos que houve “hacking”, isso não justifica uma detenção. Haverá uma batalha de princípios porque ele é um grande "whistleblower". Revelações que estão na origem de investigações abertas em vários países europeus e que querem cooperar, graças a essas revelações, numa reunião na sede da EuroJust há algumas semanas”, concluiu.

Rui Pinto estava em prisão domiciliária em Budapeste com pulseira electrónica, desde 18 de Janeiro, na sequência de um mandado de detenção europeu emitido pelo Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) de Portugal, no âmbito da investigação sobre o acesso aos sistemas informáticos do Sporting e do fundo de investimento 'Doyen Sports', baseado em Malta. A 5 de Março a justiça húngara validou o pedido de extradição, no entanto o recurso apresentado pelo "whistleblower" adiou a sentença até esta quinta-feira 14 de Março.

Recorde-se que este "whistleblower" autodidacta criou em 2016 o site internet "Football Leaks", com revelações de negócios sujos de clubes de futebol europeu e de craques dos relvados.

A Bélgica ou a França estão a trabalhar, no ponto de vista da justiça, com base em documentos divulgados pelo "whistleblower". A França revelou que recebeu cerca de 12 milhões de documentos e que isto representa apenas 10% do que Rui Pinto terá em sua posse.

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