Brexit adiado até ao 31 de Outubro
Ao cabo de negociações renhidas na noite de para hoje, os dirigentes europeus reunidos em cimeira em Bruxelas juntamente com a Primeira-ministra britânica chegaram a um acordo para a extensão do prazo de entrada em vigor do Brexit até ao 31 de Outubro, ou seja um prazo maior do que aquele pedido por Theresa May que na passada Segunda-feira tinha pedido um adiamento até ao 30 de Junho.
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Este novo adiamento aconteceu em vésperas da nova data-limite do Brexit cuja aplicação devia começar já a partir desta Sexta-feira, conforme tinha sido combinado numa anterior cimeira. Contudo, a ser cumprido este calendário, resultaria numa saída desordenada sem consenso a nível interno na Grã-Bretanha, uma vez que May continua a tentar convencer os parlamentares do seu país a dar luz verde ao acordo de Brexit que já chumbaram 3 vezes.
O Reino Unido tem agora "mais 6 meses para encontrar a melhor solução possível" declarou o Presidente do Conselho Europeu Donald Tusk antes de acrescentar que o país conserva a possibilidade de ratificar o Brexit e sair mais cedo ou então de anular completamente o Brexit". Esta não parece contudo ser a via privilegiada pela Primeira-ministra britânica que pretende uma saída rápida.
"Poderíamos ter saído no 29 de Março. Poderíamos já estar fora da União Europeia, se tivesse havido uma maioria no Parlamento para votar o acordo de Brexit. Esperava que isso pudesse ter acontecido de modo a termos saído no 22 de Maio. E se pudermos agora alcançar um acordo no parlamento e adaptar a legislação a tempo, ainda podemos sair no 22 de Maio e não participar nas Eleições Europeias. A única coisa que quero fazer hoje, é trabalhar para constituir uma maioria no parlamento de modo a podermos ratificar o acordo, deixar a União Europeia de forma ordenada com um acordo e fazê-lo o mais rapidamente possível", declarou a chefe do governo britânico.
Apesar de uma maioria de Estados-membros se terem pronunciado a favor da extensão por um ano do adiamento do Brexit, certos líderes encabeçados pelo Presidente francês se pronunciaram contra esta hipótese por estarem preocupados com a capacidade de bloqueio de um Reino Unido com um pé fora e outro dentro por tempo indeterminado. No final das negociações, Emmanuel Macron considerou que este tinha sido "o melhor compromisso possível".
A Grã-Bretanha deve agora decidir se sai antes das Eleições Europeias que começam a 23 de Maio. Se não conseguir, deverá participar no processo eleitoral, sendo que uma próxima Cimeira Europeia ficou desde já marcada para os dias 20 e 21 de Junho para fazer o ponto da situação em torno do Brexit.
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