Acesso ao principal conteúdo
Estados Unidos

Relatório completo Müller publicado sem provas contra Trump

O relatório do procurador especial americano, Robert Müller, foi tornado público na íntegra. Um documento de 448 páginas, que não acrescenta nada de substancial ao resumo que o secretário para a Justiça, já tinha publicado há semanas, afirmando que não houve ingerência da Rússia para ajudar Trump a ganhar as eleições.

Relatório comppleto Müller publicado mas não prova ingerência russa a favor de Trump nas eleições americanas
Relatório comppleto Müller publicado mas não prova ingerência russa a favor de Trump nas eleições americanas NICHOLAS KAMM / AFP
Publicidade

O relatório do procurador especial americano, Müller, foi tornado público na íntegra. Um documento de 448 páginas, que não acrescenta nada de substancial ao resumo que o secretário para a Justiça, William Barr, publicou há semanas.

O relatório conclui que não houve interferência da Rússia na campanha das eleições americanas de 2016, para ajudar Donald Trump, a ganhá-las e tão pouco obstrução de justiça por parte da equipa do actual Presidente.

Foram estes dois pontos fundamentais que estiveram na origem da nomeação do procurador especial Robert Müller, para fazer o inquérito e provar ou rejeitar as acusações feitas a Trump pelos democratas e a mídia americana e internacional.

Todo o resto das 448 páginas, são detalhes que não passam de diversão para os democratas e a imprensa americana continuar com um folhetim que não tem pernas para andar.

Por exemplo, Müller, que escreve que não houve ingerência nem obstrução da Justiça por Trump e sua equipa, lança confusão, sublinhando que o Congresso, dominado pelos democratas tem autoridade necessária para analisar se Trump violou ou não a lei.

Isto é uma incongruência de um procurador da justiça, cujo trabalho é fazer inquéritos e apurar ou não se há matéria para incriminar uma pessoa. Se o próprio Müller, escreveu, preto no branco, que "não houve ingerência da Rússia para beneficar Trump, que "não obstruiu a justiça", como é que escreve no relatório, que o Congresso tem latitude para analisar se houve violação da lei?

Müller escreve ainda, o que já tinha saído no resumo do secretário para a Justiça, "que houve múltiplas tentativas por parte de russos, para propor ajuda a Trump, o que foi sempre rejeitado pelo próprio e pela sua equipa de campanha". 

Trump, diz que tinha prerrogativas constitucionais para demitir Müller

Como é evidente, o Presidente Trump, reagiu, bombardeando tuítes, denunciado o "relatório Müller como sendo uma coisa louca e que tinha prerrogativas constitucionais para demitir Müller, mas não o fez, deixando correr o inquérito, porque sabia que não tinha cometido nenhum crime".

Por outro lado, Trump, tuíta, dizendo que em "2016 o Presidente era Obama, que estava ao corrente de tudo, mas que não mexeu uma palha".

Aliás, é preciso relembrar, que Obama, em plena campanha a favor de Hillary Clinton, chegou a zombar com esta questão num comício, dizendo que era estapafúrdia a ideia de a Rússia ou outro país estrangeiro, interferirem na campanha do país mais poderoso do mundo.

Conclusão: a 18 meses das eleições presidenciais, os democratas maioritários na Câmara dos representantes mas minoritários no Senado, não têm vontade nenhuma, nem poderes, que serão bloqueados pelos senadores republicanos, para accionar a arma da destituição de Trump, porque é o próprio relatório que sublinha que não há matéria jurídica para dar este salto.

Mas como é evidente, os democratas mais radicais e os meios de comunicação social vão continuar com esta ópera bufa que só serve para a diversão e fazer crer aos mais distraídos que tinham e têm razão. Onde estão as provas? 

03:16

Relatório completo Müller não prova nada contra Trump e a ingerência Rússia nas eleiçoes americanas

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe toda a actualidade internacional fazendo download da aplicação RFI

Partilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual pretende aceder não existe ou já não está disponível.