Presidenciais na Ucrânia: prudência no Kremlin
O actor Volodymyr Zelensky vence presidenciais; abre uma nova página na história dum país em guerra às portas da União Europeia, gerando esperança e incerteza pelo mundo.
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O actor e noviço nas lides políticas, Volodymyr Zelensky, de 41 anos, chega à presidência da Ucrânia, arrebatando 73,2 por cento dos votos, sem um programa definido e com promessas contra o sistema.
O presidente eleito da Ucrânia derrota, assim, o ainda chefe de Estado Petro Porochenko, um veterano da política que consegue apenas 24,4 por cento dos votos.
Num país acossado pela corrupção, pelas dificuldades económicas e por uma guerra mortífera, Zelensky contribui assim para a vaga mundial contra as elites, sem se desviar, no entanto, dos seus objectivos pró-ocidentais.
O presidente actor foi, entretanto, felicitado pelos seus homólogos.
Emmanuel Macron e Donald Trump fizeram-no através do telefone.
O Kremlin, por seu turno, fez saber que é "cedo demais" para se falar sobre "um trabalho em comum".
Para o Kremlin, vai ser possível apenas trabalhar sobre casos específicos.
Por seu turno, o primeiro-ministro russo acrescentou que a eleição de Zelensky abre uma oportunidade de melhorar as relações bilaterais.
No entanto, Medvedev diz não ter "ilusões" sobre dois países que vivem no fio da navalha desde 2014, com a Ucrânia virou para ocidente, após a anexação da Crimeia por Moscovo, que fez mais de 13 mil mortos.
Mais pormenores aqui com Teresa Xavier.
O rescaldo das presidenciais na Ucrânia
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