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Estados Unidos / Irão

Novas sanções americanas contra o Irão

O Presidente americano anunciou ontem novas sanções visando directamente o Guia Supremo Iraniano Ali Khamenei, o chefe da diplomacia Mohammad Javad Zarif e outros altos dirigentes iranianos, num contexto de escalada entre os Estados Unidos e o Irão que aumentou substancialmente depois de aquele país abater na semana passada um drone americano na região do golfo alegando que se encontrava no seu espaço aéreo, argumentos confirmados hoje por Moscovo e desmentidos por Washington.

Donald Trump logo após assinar um novo decreto ontem, 24 de Junho de 2019, instituindo novas sanções contra o Irão.
Donald Trump logo após assinar um novo decreto ontem, 24 de Junho de 2019, instituindo novas sanções contra o Irão. REUTERS/Carlos Barria
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O Irão já sob forte pressão americana, é alvo de novas sanções por parte de Donald Trump que ontem assinou um decreto impedindo "o Guia Supremo, a sua equipa e outros que estão estreitamente ligados a ele de ter acesso a recursos financeiros essenciais", o que representaria de acordo com a administração americana "biliões de Dólares de activos". Em resposta o Presidente iraniano ironizou, "Sanções para quê?", Hassan Rohani referindo, com efeito, que os dirigentes iranianos, contrariamente a outros, não têm biliões em contas no estrangeiro, antes de rematar que "a Casa Branca sofre de distúrbios mentais".

Apesar de ainda ontem os Estados Unidos terem afirmado que "a porta para as negociações continua aberta", Teerão considerou que através destas medidas Washington "está a fechar de forma permanente a via da diplomacia". A reacção do Irão é "insultante e traduz a sua ignorância" lançou por sua vez hoje no Twitter Donald Trump.

Perante esta escalada, na sequência de uma reunião ontem sobre o Irão, o Conselho de Segurança da ONU, a França, a Alemanha e o Reino Unidos apelaram à "contenção" e reafirmaram o "seu empenho na aplicação integral" do acordo sobre o nuclear Iraniano assinado em 2015 e do qual Trump se desvinculou no ano passado. No mesmo sentido, a Rússia, aliada de Teerão, ao confirmar que o drone americano neutralizado na semana passada se encontrava no espaço aéreo do Irão, também qualificou de "imprudentes" as novas sanções americanas contra aquele país.

Mas à medida que se aperta o cerco em torno do Irão, esse país também torna mais concretas as suas pressões sobre os seus parceiros internacionais e em particular europeus que até ao momento não conseguiram implementar o seu prometido mecanismo para contornar as sanções americanas. Hoje, um alto responsável iraniano citado pela agência oficial Fars informou que a partir do dia 7 de Julho, o Irão iria deixar de cumprir dois dos seus compromissos relativos ao seu programa nuclear. Face a este anúncio Paris já reagiu considerando que uma violação iraniana do acordo de 2015 seria "um erro grave". Para o chefe da diplomacia francesa, Jean Yves le Drian, isto poderia constituir "uma resposta inadequada à pressão exercida pelos Estados Unidos".

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