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Irão

Barco britânico apresado no estreito de Ormuz por Irão

Teerão continua a fazer orelhas moucas aos múltiplos apelos lançados hoje para libertar um petroleiro britânico apresado ontem no estreito de Ormuz. Do seu lado o Reino Unido convocou o encarregado de negócios iraniano e apelou os barcos britânicos a manter-se à distância daquela zona marítima estratégica. 

Na foto petroleiro British Heritage, en março de 2019 no golfo, enquanto é apresado novo petroleiro Stena Impero.
Na foto petroleiro British Heritage, en março de 2019 no golfo, enquanto é apresado novo petroleiro Stena Impero. REUTERS/Cengiz Tokgoz
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Os dirigentes iranianos continuam a não dar importância aos apelos lançados por vários países para libertar o navio britânico sequestrado ontem no estreito de Ormuz, após a apreensão de um petroleiro iraniano a 4 de julho no GibraItar.

O petroleiro Stena Impero, cujo proprietário é sueco, mas com bandeira britânica, foi apresado ontem à noite, porque, "não respeitou o código marítimo internacional", segundo os guardiães da Revolução, que o levaram para o porto de Bandar Abbas no sul do Irão. 

O barco foi apresado com uma tripulação de 23 membros, 18 deles, nomeadamente, o capitão, são de nacionalidade indiana e 5 de nacionalidades filipina, letónia e russa.   

A apreensão aconteceu poucas horas após o Supremo Tribunal de Gibraltar no extremo sul da Espanha ter prolongada por 30 dias a detenção de um petroleiro iraniano apreendido a 4 de julho último pelas autoridades desse território britânico.

Tal aconteceu porque o petroleiro iraniano é suspeito de ter transportado petróleo para Síria violando sanções europeias contra Damasco. Teerão rejeitou então essa acusação e prometeu retaliações ao que chamou acto de "pirataria".

"Contrariamente à pirataria no estreito de Gibraltar, nossa acção no Golfo Pérsico é fazer respeitar as leis marítimas internacionais", afirmou na sua conta Twitter, o chefe da diplomacia iraniana, Mohammad Javad Zarif, para defender o apresamento do petroleiro de bandeira britânica.

"É o Irão que garante a segurança do Golfo Pérsico e do estreito de Ormuz. O Reino Unido tem de deixar de ser um vassalo do terrorismo económico dos Estados Unidos", acrescentou o chefe da diplomacia iraniana, numa alusão às sanções económicas impostas por Washington após a saída americana do acordo nuclear de 2018 concluído entre potências ocidentais e o Irão.

Reagindo à apreensão do barco, Londres convocou no ministério dos Negócios estrangeiros, Foreign Office, o encarregado de negócios iraniano, para pedir explicações.

Ao mesmo tempo, as autoridades britânicas recomendaram aos barcos britânicos para se manterem "fora da zona" do estreito de Ormuz, por um "período provisório."

Também Berlim e Paris reagiram apelando à libertação do barco Stena Impero. "Uma nova escalada seria muito perigosa para a região", advertiram as autoridades alemãs, depois dos Estados Unidos terem denunciado um "recrudescimento da violência" do Irão.

Aliás, tudo isto, depois que os Estados Unidos destruíram na quinta-feira um drone iraniano no estreito de Ormuz, o que é desmentido por Teerão.

Enfim, as autoridades indianas, filipinas e letónias, pediram ao Irão para libertar os seus cidadãos presos no barco de bandeira britânica. 

 

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