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Coreia do Norte

Coreia do Norte roubou 2 mil milhões de dólares em ciberataques

O Conselho de Segurança da ONU denunciou que com ataques informáticos muito sofisticados e contra alvos precisos, o regime norte-coreano conseguiu roubar 2 mil milhões de dólares para financiar o seu programa de armamamento nuclear.

Presidente Donald Trump e o líder norte-coerano Kim Jong-un na fronteira entre as duas Coreias 30/06/2019.
Presidente Donald Trump e o líder norte-coerano Kim Jong-un na fronteira entre as duas Coreias 30/06/2019. AFP/Brendan Smialowski
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O relatório apresentado na ONU, foi revelado esta segunda-feira (5/08) pela agência de informações Reuters, após 6 meses de investigação por peritos independentes, que recensearam pelo menos 35 ataques cibernéticos norte-coreanos contra alvos estratégicos em 17 países, como instituções financeiras, actividades mineiras e sobretudo bolsas de cripto moedas, utilizando o ciberespaço para branquear dinheiro, o que permitiu roubar cerca 2 mil milhões de dólares, que foram utilizados para desenvolver o programa de armamento nuclear e de mísseis da Coreia do Norte.

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Coreia do Norte: roubou 2 mil milhões de dólares em ciberataques

Estas revelações surgem em plena escalada de tensão entre a Coreia do Norte e os Estados Unidos, com Kim Jong Un a ameaçaresta quarta-feira (7/02) lançar novos mísseis depois de ontem o país ter efectuado a quarta série de testes em 12 dias.

Esta terça-feira (6/08) foram lançados dois projécteis, suspeitos de serem mísseis balísticos de curto alcance, mas que segundo Pyongyang são apenas "um sistema teleguiado de foguetes de grande alcance", a partir da província de Hwanghae, na costa oeste da Coreia do Norte e em direcção ao Mar do Japão.

Kim Jong Un alega que estes testes são uma advertência e acusa Washington de "flagrante violação dos esforços de paz e falta de vontade política" devido às manobras militares conjuntas entre os Estados Unidos e a Coreia do Sul, ao largo de Seul, que começaram esta segunda-feira, consideradas uma "agressão" por Pyongyang.

Esta escalada de tensão compromete o processo diplomático entre a Coreia do Norte e os Estados Unidos, iniciado em 2018 com o encontro historico em Singapura entre Donald Trump e Kim Jong Un, que culminou na assinatura de um acordo vago sobre a desnuclearização da península e que foi seguido por mais dois encontros no Vietnam, que terminou sem acordo e posteriormente um encontro rápido na Linha de Demarcação, a zona desmilitarizada que separa as duas Coreias, do qual nada resultou.

A ONU e os Estados Unidos aplicaram sanções contra a Coreia do Norte e o relatório aponta também diferentes violações às mesmas, cujo objectivo é chegar a um acordo para conter a política nuclear da Coreia do Norte, mas Pyongyang em troca exige a suspensão total das sanções.

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