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Hong Kong

Manifestantes pró-democracia retomam protestos

Hong Kong continua nos holofotes da actualidade com nova vaga de protestos já a partir desta sexta-feira. Tudo partiu de um projecto das autoridades locais da possibilidade de se entregarem suspeitos à justiça da China popular.

Manifestantes pedem maior democracia em Hong Kong
Manifestantes pedem maior democracia em Hong Kong REUTERS/Kim Kyung-Hoon
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Os Estados Unidos pediram esta quinta-feira que seus cidadãos fossem "cautelosos" quando viajarem para Hong Kong, numa altura em que manifestantes pró-democracia anunciam três dias de protestos no aeroporto da cidade.

A antiga colónia britânica sofreu sucessivas crises políticas nos últimos dois meses, protestos de rua que surgiram depois do anúncio de um projecto de lei sobre extradições para a China. O dispositivo foi já abandonado, mas os protestos continuam. Estes têm estado a ser seguidos no terreno por Fátima Valente, da Rádio Macau: ela explica-nos em que consistem as reivindicações actuais.

01:17

Fátima Valente, jornalista da Rádio Macau

Vários outros países, incluindo Inglaterra, Austrália e Japão, também pediram aos cidadãos que viajem para Hong Kong que sejam cautelosos.

A Associação Novo Macau, um movimento pró-democracia, anunciou esta quinta-feira que vai realizar uma consulta popular sobre o voto universal na eleição do chefe do executivo no território. "A votação destina-se a criar uma oportunidade para o público expressar a sua opinião sobre a reforma política", explicou a associação, em comunicado.

Os efeitos do movimento de protesto começam a pesar nas vendas das empresas. "As manifestações tiveram consequências nas vendas nos nossos centros comerciais, incluindo no Pacific Place ", afirmou Michelle Low, directora financeira da Swire Pacific Limited.

A companhia aérea Cathay Pacific e o grupo hoteleiro Hongkong e Shanghai Hotels também anunciaram que os protestos pesaram nas suas actividades.

O movimento de protesto, que cresce desde o mês de Junho, resultou em incidentes violentos entre manifestantes e seguranças, obrigando bancos, lojas, centros comerciais e restaurantes a fechar.

O Secretário de Comércio e Desenvolvimento Económico do executivo local, Edward Yau, descreveu esta quinta-feira um declínio nas últimas semanas do número de turistas.

Na primeira semana de Agosto, a chegadas de turistas caíram 31% em relação ao mesmo período do ano passado. Em Julho a queda foi menos de 10%, confirmou Edward Yau.

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