O realizador luso-suíço Basil da Cunha volta a filmar comunidades migrantes de cabo-verdianos nos arredores da capital portuguesa, no caso a Reboleira. A morte anunciada de um bairro é o enredo de "O fim do mundo", filme em competição no Festival de cinema de Locarno. O cineasta falou à reportagem da rfi neste certame que decorre até este fim de semana.
Entre as quatro longas-metragens portuguesas mostradas no Festival Internacional de Cinema de Locarno, três delas em competição, está o filme do realizador Basil da Cunha.
Até há pouco tempo, essa longa-metragem seria colocada entre os filmes portugueses, mas este ano mudou: Basil da Cunha, filho de imigrantes portugueses na Suíça, que viviam na região de Lausane, conquistou com seus filmes duas vitórias: passou a ter também a nacionalidade suíça, graças aos seus filmes que lhe deram destaque, e foi convidado a ser professor na Escola de Cinema de Genebra, onde passou a ensinar aquilo que aprendeu sozinho.
Basil da Cunha era bastante jovem, 22 anos, quando mostrou no Festival de Locarno, a sua primeira curta-metragem, em 2007, "O Muro", na altura a rfi tinha efectuado uma primeira entrevista com ele.
Era um simples filho de imigrantes, como tantos milhares na Suíça, fã de cinema.
A sua selecção para mostrar em Locarno sua primeira curta foi o incentivo para continuar e entrar na Escola de Cinema de Genebra, fazer novas curtas-metragens e ter também três curtas seleccionadas em Cannes e mesmo sua primeira longa-metragem "Até ver a Luz", na Quinzena dos Realizadores.
O Fim do Mundo é o fim anunciado do bairro Reboleira, na periferia de Lisboa, onde Basil da Cunha costuma filmar e onde formou um grupo de habitantes que trabalha nos seus filmes.
Confira aqui a sua entrevista com Rui Martins em Locarno.
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