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Reino Unido

Reino Unido: A oposição contra-ataca

A oposição vai reagir à suspensão do Parlamento pela Rainha Isabel II, a pedido do primeiro-ministro Boris Johnson.

Jeremy Corbyn, líder do Partido Trabalhista.
Jeremy Corbyn, líder do Partido Trabalhista. REUTERS/Peter Nicholls
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As reacções não tardaram à suspensão do Parlamento de 9 de Setembro a 14 de Outubro.

No Reino Unido, uma petição contra a suspensão do Parlamento atingiu quase um milhão e 500 mil assinaturas em apenas um dia e meio. Milhares de pessoas também se manifestaram ontem em Londres, Manchester, Edinburgo tendo como slogan "Parem o golpe de Estado". Estão previstos novos protestos no fim-de-semana e na próxima terça-feira, dia da ‘rentrée’ parlamentar.

Entretanto, os deputados anti-brexit prometem uma batalha judicial e a líder dos conservadores escoceses, Ruth Davidson, apresentou a demissão. O líder da oposição, Jeremy Corbyn, vai tentar o apoio dos deputados para apresentar uma moção de censura contra o governo de Boris Johnson.

Jeremy Corbyn, líder do Partido Trabalhista, comentou o caso: “Tenho protestado fortemente em nome do meu partido e de todos os outros partidos da oposição que se vão unir a isto para dizer que suspender o parlamento não é aceitável. O que o primeiro-ministro está a fazer é esmagar a nossa democracia, a fim de forçar uma saída sem acordo da União Europeia”.

Nicola Sturgeon, primeira-ministra da Escócia, também abordou o assunto: “um dia negro para a democracia do Reino Unido”.

Dominic Grieve, conselheiro da rainha e membro do Conselho Privado apelou a uma moção de censura que fizesse cair o Governo de Boris Johnson.

Em entrevista à RFI Francisco Bettencourt, Professor no King’s College, admitiu que a moção de censura poderá ser uma opção para os deputados, afirmando que isso levaria a eleições antecipadas, cenário que não estará posto de parte pelo próprio Boris Johnson.

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Francisco Bettencourt, Professor português no King’s College

Por enquanto os deputados vão regressar das férias a 3 de Setembro, reunindo-se a 4 e 5 de Setembro. O Parlamento seria então suspenso a 9 de Setembro até 14 de Outubro, altura em que o Discurso da Rainha abriria uma nova sessão do Parlamento.

De notar, no entanto, que a 17 e 18 de Outubro, o Brexit será discutido no Conselho Europeu, sendo que a saída oficial deverá acontecer a 31 de Outubro.

Os políticos não são os únicos a contestar a decisão de Boris Johnson: Já foram apresentadas duas ações judiciais para tratar a suspensão do Parlamento. A primeira foi apresentada por Gina Miller, uma ativista que fez entrar num tribunal superior um recurso urgente para analisar o plano de Boris Johnson de suspender o parlamento, alegando que pode provar que o primeiro-ministro “enganou o país”.

A segunda ação judicial parte das mãos dos advogados de um grupo de deputados escoceses e vai ser apresentada num tribunal da Escócia.

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