Movimento de protestos e violência na capital e no sul de Iraque
Iraque, terceiro dia de um movimento de manifestações, na capital, Bagdade e no sul do país, para denunciar a corrupção e reclamar postos de trabalho. Um movimento que está a ganhar grandes proporções tendo sido já registados 27 mortos entre manifestantes e a polícia.
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A contestação no Iraque assumiu hoje uma grande dimensão no terceiro dia de um movimento anti-corrupção e a favor do emprego, em cidades do sul do país, apesar da morte de 27 pessoas pela polícia.
Hoje, a polícia matou 6 manifestantes em Nassiriya, a sul de Bagdad, durante uma das manifestações. Do total de 27 mortes, 25 são manifestantes e 2 das forças policiais.
Milhares de manifestantes empunhando bandeiras e empoleirados em camiões percorreram o centro da capital, Bagdade, apesar dum forte dispositivo policial que disparava balas reais.
Certas bandeiras exibiam nomes de imãs xiiitas a 3 semanas da maior peregrinação do Islão xiita no sul iraquiano.
Manifestantes contra a corrupção pedem empregos
Manifestando contra a corrupção, serviços públicos degradados e o desemprego, estes protestos são um teste para o governo de Adel Abdel Mahdi, acabado de chegar ao poder há um mês.
As autoridades que denunciam sabotadores entre os manifestantes declararam um recolher obrigatório em Bagadade e em diversas cidades do sul, sem que isso tenha tido qualquer impacto nas manifestações.
Até agora nenhum partido político ou chefe religioso reivindicaram a paternidade do movimento de protesto, coisa rara num país habituado a clivagens confessionais.
Contudo, ontem à noite, o líder xiita, Moqtada Sadr, apelou os seus fiéis e apoiantes, que em 2016 paralizaram o país com manifestações em Bagdad, a organizarem "sit-ins pacíficos".
Manifestações e violência em Bagdade e no sul do Iraque
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