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Socialistas portugueses procuram nova aliança

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A Assembleia da República em Portugal foi renovada no âmbito das eleições legislativas de 6 de Outubro de 2019. Estas voltaram a privar o país de um partido com maioria absoluta no parlamento. O Partido socialista, que acabou na legislatura anterior, por suceder ao Partido social democrata viabilizando uma aliança com a extrema esquerda, deve voltar a formar governo nessa base ou ainda com recurso a novos aliados. Anabela Góis, em Lisboa, fez-nos o rescaldo do escrutínio.

O primeiro ministro de Portugal Antonio Costa vence as eleições parlamentares de domingo, mas sem maioria absoluta. O socialista alcançou 36,6% dos votos.
O primeiro ministro de Portugal Antonio Costa vence as eleições parlamentares de domingo, mas sem maioria absoluta. O socialista alcançou 36,6% dos votos. REUTERS/Jon Nazca
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Com a quase totalidade dos votos contados - falta apenas eleger os quatro deputados representantes dos emigrantes - o Presidente Republica não quer perder tempo.

 

Já esta terça feira ouve os partidos com assento parlamentar para depois – se possível ainda amanhã - convidar o líder socialista a formar novo executivo ...

 

Marcelo Rebelo de Sousa justifica urgência com o Brexit e o Conselho Europeu da próxima semana.

 

Marcelo rebelo e Sousa deixou também a garantia de que está empenhado em assegurar ma estabilidade do próximo governo.

 

O PS foi o vencedor das eleições mas ficou a 10 deputados da maioria absoluta que lhe permitiria governar sozinho.

 

António Costa assume a responsabilidade de procurar soluções para um governo de 4 anos e vai iniciar de imediato negociações com os parceiros da geringonça, mas coloca o ónus no Bloco de Esquerda e no PCP​

 

Se não for possível um acordo com Bloco e o PCP António Costa admite que pode negociar caso a caso...  mas também não fecha a porta a outras alianças e, até, a uma geringonça alargada ao PAN, que elegeu 4 deputados, e ao Livre que se estreia no parlamento.

 

​O Bloco de Esquerda e a CDU não fecham a porta a uma nova geringonça, mas colocam condições.

O líder comunista, Jerónimo de Sousa, não abre mão de do aumento do salário mínimo para 850 euros ou do aumento das reformas, mas em vez de um acordo para a legislatura, prefere negociar caso a caso.

 

Já o Bloco de esquerda mostra-se disponível para os dois cenários: seja negociar ano a ano, seja um acordo a longo prazo...

 

De uma forma ou de outra está aberto o caminho para um novo Governo liderado por António Costa.

 

Com as eleições legislativas deste domingo, o mapa eleitoral português ficou pintado de cor de rosa – o PS venceu em 15 dos 20 círculos eleitorais -  mas o parlamento fica mais colorido: há 3 novos partidos que agora se estreiam

 

Dos três, foi o Chega que obteve maior votação: mais de 66 mil votos.

O futuro deputado André Ventura coloca já uma fasquia mais elevada..

 

Quanto a propostas, promete passar rapidamente das palavras aos actos a começar pela redução do número de deputados

 

O Iniciativa Liberal, também elegeu um deputado. O presidente do partido, Carlos Pinto, promete ser uma verdadeira oposição ao governo PS.

 

À esquerda, o novo partido no parlamento é o Livre: elegeu Joacine Moreira, que promete corresponder à expectativa dos eleitores.

 

Do lado dos derrotados aparece o PSD. Conseguiu perto de 28% dos votos e elegeu 77 deputados, quando antes tinha 89.

 

Ainda assim, o líder do partido social democrata, Rui Rio, recusa falar em desastre.

 

Pode não ser um desastre para Rui Rio, mas foi o pior resultado do PSD dos últimos 36 anos e as críticas internas não se fizeram esperar

 

Luís Menezes, ex-vice presente da bancada social democrata, diz que a estratégia da actual liderança falhou e que está na altura de fazer mudanças

 

A noite eleitoral teve um sabor amargo também para o CDS, que conseguiu pouco mais de 4% dos votos.

 

Passou de 18 para 5 deputados e perdeu a sua líder, Assunção Cristas, que não se vai recandidatar à liderança do partido.

 

A CDU também recuou e passa de 17 para 12 deputados. Já o Bloco de Esquerda, manteve os 19 assentos parlamentares.

 

A noite eleitoral ficou ainda marcada pela subida do PAN, de 1 para 4 deputados.

 

As eleições que registaram uma taxa de abstenção recorde -  45,5% - conduziram a uma legislatura com muitas caras novas.

 

No total, há 94 estreantes na Assembleia da República, o correspondente a quase 41% dos assentos parlamentares, contra 132 repetentes.

 

Pela primeira vez na Assembleia da República constam três deputadas afrodescendentes, todas elas de origem guineense.

 

Joacine Katar Moreira, cabeça de lista do Livre, mas também Romualda Fernandes, do Partido socialista, e Beatriz Gomes Dias, do Bloco de esquerda, todas elas concorriam pelo círculo eleitoral de Lisboa.

 

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