Nobel da Paz atribuído a Abiy Ahmed Ali
O Prémio Nobel da Paz de 2019 foi atribuído ao primeiro-ministro etíope Abiy Ahmed Ali anunciou o Comité Nobel da Noruega em Oslo.
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O primeiro-ministro etíope, Abiy Ahmed Ali, ganhou o 100° Nobel da Paz. O anúncio foi feito pela porta-voz do Comité Nobel, Berit Reiss-Andersen.
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“O Comité Nobel da Noruega decidiu conceder o Prémio Nobel da Paz de 2019 ao primeiro-ministro etíope Abiy Ahmed Ali pelos seus esforços para alcançar a paz e a cooperação internacional, e em particular pela sua iniciativa decisiva para resolver o conflito fronteiriço com a vizinha Eritreia. O prémio também visa reconhecer todas as partes interessadas que trabalham pela paz e reconciliação na Etiópia e nas regiões leste e nordeste da África”, concluiu.
O valor do prémio ganho por Abiy Ahmed Ali é de 9 milhões de coroas suecas, cerca de 828 mil euros, que lhe serão entregues em Dezembro.
O comité que atribui o Nobel da Paz recebeu este ano as nomeações de pelo menos 301 candidatos, 223 pessoas e 78 organizações.
As casas de apostas apontavam como favoritos ao Nobel a ambientalista sueca Greta Thunberg, o Papa Francisco, o Presidente norte-americano Donald Trump, e o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados.
Quem é Abiy Ahmed Ali?
A 2 de abril de 2018, Abiy Ahmed Ali, com 43 anos e engenheiro informático de formação, tornou-se primeiro-ministro da Etiópia. À frente do Governo etíope, o primeiro-ministro promoveu uma série de reformas políticas e económicas. Recorde-se que a Etiópia foi considerada uma das nações mais repressivas de África.
Abiy Ahmed Ali estabeleceu uma linha de separação entre o seu governo e os anteriores, nomeando por exemplo antigos dissidentes e um grande número de mulheres para cargos públicos e políticos.
100° Nobel da Paz
Este é o 100° prémio Nobel da Paz. Antes de Abiy Ahmed Ali, já várias outras pessoas e instituições foram distinguidas com o galardão. O prémio de 2018 foi atribuído a Denis Mukwege, médico congolês que operou dezenas de milhares de mulheres violadas de forma bárbara, e Nádia Murad, iraquiana yazidi que foi raptada e escravizada pelo Daesh.
Este galardão tem como objectivo distinguir quem “conferiu o maior benefício à humanidade” nos 12 meses anteriores. De referir por último que a comissão atribui prémios em seis áreas distintas: física, química, medicina, literatura, paz e economia.
Crónica de Marco Martins
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