Intolerância preocupa líderes religiosos na Guiné-Bissau
Esta quinta-feira, os líderes das igrejas evangélica e católica, da comunidade islâmica e de religiões tradicionais da Guiné-Bissau emitiram uma declaração conjunta a "repudiar todos os actos de intolerância religiosa no país". Recentemente, têm ocorrido ataques a lugares de culto tradicional em Bissau.
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Nos últimos tempos, têm ocorrido ataques a lugares de culto em Bissau, sem que se saiba quem são os autores. Esta quinta-feira, líderes das igrejas evangélica e católica, da comunidade islâmica e de religiões tradicionais produziram uma declaração conjunta.
No documento, lido pelo padre Mutna Tamba, os líderes religiosos alertam para o perigo que estes actos representam para a paz no país e apelam às autoridades para garantirem a segurança a todos os crentes no país.
Repudiar todos os actos de intolerância religiosa no país e apelar à cessação imediata dos mesmos; abster-se de proferir, divulgar e disseminar discursos sectários e radicais capazes de incentivar o ódio e a intolerância no seio dos guineenses; exortar as autoridades competentes a assegurar as condições de segurança a todos os cidadãos, designadamente para o acesso aos seus lugares de culto; e apelar às autoridades judiciárias no sentido de investigar e trazer à justiça os responsáveis pelos actos de intolerância religiosa que tendem a pôr em causa a paz e a coesão nacional.
A declaração conjunta foi lida na Casa dos Direitos, em Bissau, perante cerca de cinco dezenas de líderes das quatro crenças religiosas.
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