TPI: congolês Bosco Ntaganda condenado a 30 anos de prisão
Os juízes do Tribunal Penal Internacional condenaram o ex-chefe de guerra congolês Bosco Ntaganda a trinta anos de prisão. O ex-militar já tinha sido considerado culpado de crimes contra a humanidade e de crimes de guerra a 8 de Julho de 2019.
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O ex-chefe militar do braço armado da União dos Patriotas Congoleses (UPC), uma das milícias activas no leste da República Democrática do Congo, em 2002 e 2003, foi considerado culpado em Julho passado por ataques a civis, mortes, violações, escravatura sexual, perseguição, deportação e pilhagem. Crimes qualificados de crimes contra a humanidade e crimes de guerra cometidos sob seu comando.
Bosco Ntaganda foi agora condenado a 30 anos de prisão. Durante o julgamento, Ntaganda garantiu ter agido pela paz em Ituri.
Após o anúncio do veredicto a Human rights Watch, organização que fez um enorme trabalho de pesquisa e compilação de testemunhos de vítimas, congratulou-se com a sentença: “esta pena de 30 anos [de prisão] envia uma forte mensagem de que mesmo aqueles que são considerados intocáveis podem um dia ser responsabilizados”.
Anneke Van Woudenberg, uma das investigadoras, reagiu via Twitter: “estou muito aliviada que este homem fique atrás das grades durante bastante tempo. Os testemunhos que recolhi continuam a assombrar-me até hoje”.
Bosco Ntaganda encontra-se detido desde 2014. Anos de prisão que serão reduzidos da sua condenação. O ex-chefe militar tem 30 dias para recorrer.
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