Carlos Lopes critica plano de G20 para dívida de países pobres
O G20, grupo de maiores potências e potências emergentes, confirmou nesta quarta-feira uma moratória de um ano em relação ao pagamento das dívidas dos países mais pobres, incluindo muitos Estados em África, por forma a que estes possam de forma mais eficaz lutar contra a pandemia do novo coronavírus. O economista guineense Carlos Lopes, professor na Universidade sul-africana do Cabo alega que esta medida não é suficiente para fazer face ao problema.
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O também antigo Secretário Executivo da Comissão Económica das Nações Unidas para África advoga que o necessário para dar margem aos Estados africanos para fazer face a esta pandemia de Covid-19 passaria por um dispositivo mais alargado.
Este contemplaria não só os 19 países menos avançados no continente negro, mas também países de desenvolvimento médio, a braços nomeadamente com a queda vertiginosa dos preços das matérias-primas e a desvalorização das respectivas moedas.
Na óptica de Carlos Lopes uma moratório de um ano para pagamento do serviço da dívida, como decretado pelo G20, em coordenação com o preconizado anteriormente pelo FMI, Fundo monetário internacional, não é suficiente.
Seria preciso o perdão completo do peso da dívida deste ano, afirma o economista guineense que aposta numa recuperação rápida da economia global em 2021.
Carlos Lopes, professor na Universidade sul-africana da Cidade do Cabo
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