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União Africana/relações internacionais

Cimeira de União Africana encara resposta conjunta à crise de Covid-19

Os líderes dos paises membros da União Africana iniciaram sábado, por videoconferência, a trigésima quarta cimeira do bloco africano, que durará dois dias. A  agenda do encontro virtual entre os chefes de Estado africanos é dominada pela crise sanitária provocada pela Covid-19, assim como por questões de segurança relacionadas com a pandemia.       

O  Presidente  da República Democrática do Congo,  Félix Tshisekedi, assume  a partir  de sábado, 06 de Fevereiro de 2021, por um ano, a presidência rotativa da União Africana.Ele sucede ao seu homólogo sul-africano, Cyril Ramaphosa.
O Presidente da República Democrática do Congo, Félix Tshisekedi, assume a partir de sábado, 06 de Fevereiro de 2021, por um ano, a presidência rotativa da União Africana.Ele sucede ao seu homólogo sul-africano, Cyril Ramaphosa. Sumy Sadurni / AFP
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Procurar  uma  resposta  conjunta  à  crise  sanitária  desencadeada  pelo  vírus  da  Covid-19,  é  a  vontade dos  Estados membros  da União Africana,  reunidos  em  cimeira virtual.

A  cimeira  dos  chefes  de Estados  africanos ocorre  um  ano  depois de  ter  emergido no Egipto o  primeiro caso  de Covid-19, desencadeando o  receio  que  em caso de  pandemia, os serviços de saúde do continente não estariam preparados para enfrentar  o  surto epidémico, devido às  suas frágeis estruturas .

Todavia  segundo os   Centros de Prevenção e  Controlo  de Doenças  em  África, actualmente o continente  é o menos afectado pela epidemia.

A África  registou até a data  apenas  3,5%  dos casos  de contaminação  e  quatro  porcento  de  mortes, no mundo.  

Na  sua  alocução de abertura da cimeira, o Presidente  sul-africano, Cyril Ramaphosa,cujo  país termina o  período de presidência rotativa da organização, sublinhou  que  a epidemia de Covid  provocou  muito  sofrimento e dificuldades, em todo o continente.

Ramaphosa realçou  igualmente as consequências  nefastas  da epidemia  nos planos social e  económico.

O chefe de Estado da África do sul apelou o FMI a injectar recursos nos países africanos, de modo a corrigir as desigualdades entre as economias desenvolvidas  e  o resto do mundo, em  matéria de  estímulo fiscal.

No  decurso  da  cimeira,  os  Estados  da União Africana deverão  paralelamente  organizar  eleições  internas  para a criação de  uma comissão que  terá por missão  dar  uma  resposta  conjunta à  pandemia, bem  como resolver  questões  ligadas à  economia e  à  segurança.

O  chadiano   Moussa Faki Mahamat,  presidente  da  comissão  executiva  da União Africana,  considerou  que  emergiu  um  nacionalismo  no que  toca à  redistribuição das vacinas anti-Covid,  caracterizado pelo "furar a fila" dos  países ricos, que encomendaram mais  doses do que precisavam.

Faki  Mahamat, que obteve  um segundo mandato como responsável pela comissão executiva do bloco africano, foi não obstante alvo  de  acusações  de  assédio sexual, suborno, corrupção e intimidação por  parte  de funcionários da  referida  comissão. Faki foi eleito  por 51 votos, num total de 55

Por  seu lado, o nigeriano Bankole Adeoye é  favorito  para  chefiar o novo departamento resultante da  fusão dos  assuntos  políticos  e  das questões de  paz e segurança,  embora  no seio  da União Africana o parecer  é que,  a divisão  dos cargos  e chefia  entre as sub-regiões  africanas corre  o risco  de provocar surpresas.

Adeoye  e  Faki deverão envidar  esforços  conjuntos  para  pôr  um termo a  inércia  das comissões,  numa altura  que vários  conflitos internos  em África estão por resolver.

De acordo com observadores o Conselho de Paz e Segurança  da União Africana, não se  reuniu até a data para discutir  sobre o  conflito  entre as forças governamentais  e  os separatistas anglófonos  nos Camerões,  assim como não abordou a  questão da  emergência de uma militância islamista  em Moçambique.

O conflito  entre  o governo  central  da  Etiópia  e  a Frente de  Libertação  do Tigré, que  dura há três  meses, é também uma das questões ainda  não abordada  pela  União Africana, embora o bloco africano  tenha  apelado as  autoridades etíopes  a  dialogar com  o antigo partido  no  poder, que agora  governa  o  Estado do Tigré.

A  trigésima quarta cimeira  dos chefes de Estado africanos, decorre  num momento em que o novo Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, manifestou  o desejo  de  reactivar os contactos  do seu  país  com instituições multilaterais como  a  União Africana.

O  Presidente  da  República  Democrática do Congo,  Félix Thsisekedi, substitui, a partir de sábado, Cyril Ramaphosa na presidência rotativa  da União Africana, por  um ano.  

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Cimeira de União Africana encara resposta conjunta à Covid-19 06 02 2021

   

 

                          

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