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Mali

Mali: Junta militar reduz transição para dois anos

A Junta Militar no poder no Mali anunciou, esta segunda-feira, a passagem de poder aos civis, até Março de 2024. Fixando, assim, por decreto a transição a dois anos.

Assimi Goïta, chefe da Junta  Militar no poder no Mali.
Assimi Goïta, chefe da Junta Militar no poder no Mali. MALIK KONATE / AFP
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O chefe da Junta, o coronel Assimi Goïta, assinou o decreto, que acabou por ser lido esta segunda-feira na televisão do Estado, anunciando que “a duração da transição é agora fixada a 24 meses, a contar de 26 de Março de 2022”.

O anúncio acontece depois de uma cimeira da Comunidade Económica dos Estados de África Ocidental (CEDEAO) que manteve as duras sanções comerciais e financeiras fixadas em Janeiro a Bamaco, para forçar a Junta a apresentar um calendário “aceitável” para a transição de poder.

Os militares que assumiram à força, em Agosto de 2020, a liderança deste país mergulhado, desde 2012, numa profunda crise de segurança, política e humanitária tinham retirado do seu compromisso inicial a cedência do poder aos civis, após as eleições marcadas para Fevereiro passado, que acabaram por não se realizar.

No início do ano, os militares chegaram mesmo a equacionar governar o país ao longo de mais cinco anos.

Os chefes de Estado e de governo da CEDEAO estiveram reunidos no sábado passado em Acra, Gana, para discutir a situação política do Burkina Faso, Guiné-Conacri e Mali, governados no último ano e meio por juntas militares que realizaram golpes de Estado.

Bamaco esperava que da cimeira resultasse o levantamento de algumas das duras sanções impostas ao país, mas os líderes dos 15 países membros da CEDEAO, entre os quais se contam a Guiné-Bissau e Cabo Verde, remeteram novas decisões para nova cimeira, agendada para o início do próximo mês.

A CEDEAO “decidiu manter as sanções impostas” ao Mali (que passam pelo bloqueio de contas dos membros da junta militar em bancos regionais, a retirada de embaixadores de Bamako e a suspensão da maioria das transações comerciais com o país) e “continuar o diálogo para chegar a um acordo que permita o seu levantamento gradual, à medida que as etapas da transição forem concluídas”.

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