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República Democrática do Congo

Pelo menos 15 mortos em manifestações anti-Monusco no leste da RDC

Pelo menos 15 pessoas foram mortas e cerca de 50 ficaram feridas até agora neste que é o segundo dia de manifestações no Kivu do Norte, no leste da RDC, contra a presença da missão da ONU acusada de ineficácia na luta contra os diversos grupos armados que grassam na região.

Manifestação contra a Monusco em Goma, no Kivu do Norte, neste dia 26 de Julho  de 2022.
Manifestação contra a Monusco em Goma, no Kivu do Norte, neste dia 26 de Julho de 2022. AFP - MICHEL LUNANGA
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Entre os cinco mortos contabilizados até agora nas violências ocorridas em Goma, um jornalista presente no local deu conta de um jovem manifestante mortalmente baleado hoje na cabeça aparentemente a partir de uma base logística da Monusco.

Nesta terça-feira, outros pontos da região estão igualmente sob alta tensão. Em Butembo, cidade importante do Kivu do Norte, 3 capacetes azuis e 7 manifestantes morreram em incidentes registados durante os protestos anti-Monusco, segundo as autoridades locais. Noutro ponto, em Beni, a 350 quilómetros a norte da capital regional, todas as actividades estão igualmente paralisadas, comércios e bombas de gasolina estão encerrados, devido ao bloqueio dos manifestantes anti-Monusco.

Isto acontece depois de já ontem instalações da Missão da ONU na capital do Kivu do Norte terem sido invadidas por centenas manifestantes que partiram vidros, paredes e pilharam computadores, cadeiras, mesas e objectos valiosos. Um ataque condenado tanto pela Monusco como pelo governo que prometeu sanções contra os responsáveis.

Esta situação acontece numa altura em que a ONG 'Human Rights Watch' acaba ontem de denunciar a execução sumária de pelo menos 29 civis desde meados de Junho pelos rebeldes do M23, um movimento activo na região que segundo Kinshasa tem o apoio do Ruanda. Paralelamente, no passado fim-de-semana, 9 civis foram mortos num ataque atribuído às Forças Democráticas Aliadas, outro grupo activo no Kivu do Norte, zona que está há largos anos à mercê da violência de vários movimentos armados.

Presente na RDC desde 1999, a missão da ONU naquele país contabiliza mais de 14 mil homens, sendo uma das mais importantes a nível mundial.

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