Guiné-Equatorial: último dia de campanha rumo às eleições gerais
A Guiné Equatorial vai a eleições gerais este domingo, 20 de Novembro. Esta sexta-feira assinala-se o último dia de campanha. No sábado, dia antes do escrutínio, é dia de reflexão.
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Cerca de 500 mil guineenses são chamados às urnas, este domingo, para exercer o seu direito de voto nas eleições presidenciais, legislativas e municipais.
No que diz respeito ao escrutínio presidencial, Teodoro Obiang, líder do PDGE e actual chefe de Estado, candidata-se a um sexto mandato de sete anos.
A concorrer contra Obiang nesta eleição existem dois candidatos: Andrès Esono Ondo, Presidente do partido da oposição Convergência para a Democracia Social (CPDS) e Buenaventura Monsuy Asulu, líder do Partido da Coligação Social Democrática.
Tendo em conta os três candidatos que disputam o escrutínio presidencial é practicamente dado como certo que Obiang voltará a ser eleito, de acordo com analistas.
De salientar ainda que Gabriel Nsé Obiang, líder dos Cidadãos pela Inovação (CI), e único candidato tido como capaz de "destronar" o actual Presidente, foi preso em Setembro, em Malabo, por alegadamente se ter recusado a comparecer a uma reunião do Ministério Público.
"O Presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang quer a minha eliminação política e física. Sabe que desta vez quero apresentar a minha candidatura à presidência da Guiné Equatorial, vencendo-o nas urnas, e, para o evitar, ordenou aos seus procuradores políticos que façam uma falsa acusação contra mim", disse o dirigente político, no Twitter.
O Presidente Teodoro Obiang, de 80 anos, chefia o país desde 1979 e é actualmente o chefe de Estado há mais tempo no poder em todo o mundo. Ele concorre agora mais uma vez ao cargo.
Eleições presidenciais antecipadas
As eleições presidenciais foram antecipadas de Abril para Novembro, conforme avançou o chefe de Estado no passado mês de Setembro.
Teodoro Obiang utilizou a "actual crise económica global multifacetada" como justificação para a realização de eleições antecipadas, uma vez que, segundo defendeu, existe a necessidade de poupar recursos. As presidenciais só deveriam acontecer em abril.
A CORED, coligação que reúne 20 partidos e associações da oposição na diáspora, denunciou que está em curso no país "um golpe de Estado" e que as eleições são "anticonstitucionais".
"O Presidente Teodoro Obiang viola duas vezes a Constituição, que é a nossa lei fundamental, ao organizar eleições presidenciais antecipadas para reprimir o debate democrático", disse a organização, em entrevista à agência de notícias Lusa.
De salientar que as últimas presidenciais, realizadas em 2016, foram pautadas por vários escândalos, entre eles acusações de fraúde por parte da oposição e da comunidade internacional.
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