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Conflito

Balanço oficial de massacre na Republica Democrática do Congo sobe para 300 pessoas

O balanço foi anunciado pelo Governo da República Democrática do Congo, mas é desmentido pelo grupo de rebeldes M23 que terá perpetrado estas mortes na aldeia de Kishishe, junto à fronteira com o Uganda e o Ruanda, no dia 29 de Novembro.

Balanço oficial de mortos na aldeia de Kishishe, junto à fronteira com o Ruanda e com o Uganda, é de 300 mortos.
Balanço oficial de mortos na aldeia de Kishishe, junto à fronteira com o Ruanda e com o Uganda, é de 300 mortos. © twitter
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As primeiras estimativas apontavam para 50 mortos após a passagem dos rebeldes do M23 pela aldeia de Kishishe, mas o Governo da Republica Democrática do Congo anunciou que o massacre se solda em cerca de 300 mortos. Este anúncio foi feito ña segunda-feira por Julien Paluku, governador du Nord-Kivu, região onde se localiza a aldeia, e por Patrick Muyaya, ministro da Comunicação e porta-voz do Governo.

O grupo rebelde teria mesmo pedido aos habitantes que sobreviveram para enterrar os mortos, segundo a agência noticiosa AFP. O governo defende que entre os mortos não há quaisquer membros de milícias ou militares e que tratavam de civis. Haverá 17 crianças entre os mortos contabilizados desde a semana passada. Esta região estará ainda dominada pelo M23 e será difícil, segundo as autoridades, ter um número certo de todas as vítimas mortais.

Do lado M23, este balanço é negado. Os rebeldes admitem a morte de oito pessoas nesta aldeia mortas devido a balas perdidas enquanto aconteciam combates com as milícias. Estes rebeldes retomaram os confrontos no outono contra as autoridades congolesas e conquistaram uma grande extensão territorial, aproximando-se da cidade de Goma.

A Republica Democrática do Congo estima que sejam ajudados pelo Ruanda e esta desconfiança tem levado a grandes desentendimentos entre estes dois países vizinhos. A mediação entre estes dois países está a ser levada a cabo pelo Presidente João Lourenço que no dia 23 de Novembro organizou uma cimeira em Luanda onde recebeu os líderes dos dois países, assim como outros representantes da região.

Um acordo foi alcançado em Luanda, acabando mais tarde por ser subscrito pelo M23, mas, até agora, as posições estratégicas deste grupo rebelde não se modificaram.

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