Acesso ao principal conteúdo
São Tomé e Príncipe

São Tomé e Príncipe: PR exige "maior celeridade" na investigação sobre o 25 Novembro

Em São Tomé e Príncipe, no discurso de fim de ano, o Presidente da República pediu maior celeridade na investigação sobre o assalto ao quartel general das Forças Armadas do dia 25 de Novembro.

Carlos Manuel Vila Nova, Presidente de São Tomé e Príncipe.
Carlos Manuel Vila Nova, Presidente de São Tomé e Príncipe. REUTERS - HANNAH MCKAY
Publicidade

No seu discurso de ano novo, o Presidente são-tomense pediu “a maior celeridade” para que sejam levados à justiça os envolvidos no ataque ao quartel-general militar e na morte de quatro pessoas, em 25 de novembro, acontecimento que “marcou muito negativamente” o país.

Para que a verdade não seja escamoteada, é imperioso destrinçar dois distinctos actos e momentos ao longo deste processo. Um dos momentos é o acto de assalto ao quartel - importa que se saiba quem foram os atuais mandantes e todos aqueles que nele estiveram directa ou indirectamente implicados. Apelo a todos os intervenientes neste processo a maior celeridade que a complexidade do dossier permita, para que os prevaricadores sejam identificados e presentes à justiça. (Carlos Manuel Vila Nova, Presidente de São Tomé e Príncipe)

O ataque foi classificado pelas autoridades são-tomenses como uma tentativa de golpe de Estado e condenado pela comunidade internacional. Nesse dia, quatro civis assaltaram o quartel e, posteriormente, três dos alegados assaltantes e um homem supostamente identificado como mandante foram alvos de maus-tratos e morreram quando se encontravam sob custódia militar.

O chefe de Estado felicitou o Governo de Patrice Trovoada por ter pedido a cooperação das autoridades portuguesas, através da Polícia Judiciária e do Instituto de Medicina Legal, nas investigações, e transmitiu a Portugal o “penhorado reconhecimento pela prontidão” com que respondeu a este pedido.

Deixando à justiça o que é da justiça e à política o que é da política (…), não pouparei esforços e espero contar com a colaboração de todos para que a verdade seja conhecida e a justiça seja feita.

Carlos Vila Nova mostrou-se também consciente das dificuldades para o ano 2023 e apelou à resolução dos problemas que o país atravessa.

Ninguém tem dúvidas sobre a necessidade premente de se aumentar o nível de coesão social no seio do povo, diminuindo assim as tensões de ordem política que nos últimos tempos tende por vezes a instalar o ódio entre são-tomenses. (Carlos Manuel Vila Nova, Presidente de São Tomé e Príncipe)

O Presidente da República acentuou a necessidade de o Estado responder ao “aumento da cultura de violência, nomeadamente contra idosos, mulheres e crianças”, e à “fraca qualidade do sistema de ensino”, que, disse, poderá “comprometer o futuro coletivo”.

A "deplorável situação económico-financeira e a crise energética” são questões que o novo executivo terá que enfrentar, disse ainda Vila Nova. O ano passado foi marcado pelas eleições legislativas, autárquicas e regionais, tendo o Presidente manifestado "orgulho” pela forma como decorreram.

Oiça aqui a correspondência de Maximino Carlos: 

01:26

Correspondência de Maximino Carlos 01.01.2023

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe toda a actualidade internacional fazendo download da aplicação RFI

Partilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual pretende aceder não existe ou já não está disponível.