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Sudão

Retirada de estrangeiros continua no Sudão, 9 dias depois do início do conflito

Mais de mil cidadãos de países da União Europeia já foram retirados. O Chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, destaca o sucesso da operação. Vários países aceleraram, nas últimas horas, a retirada dos seus cidadãos do Sudão. Até agora, as capitais estrangeiras têm conseguido negociar com os dois lados do conflito.

Cidadãos italianos embarcam num avião C130 da Força Aérea Italiana durante a evacuação de Cartum (foto obtida a 24 de Abril de 2024)
Cidadãos italianos embarcam num avião C130 da Força Aérea Italiana durante a evacuação de Cartum (foto obtida a 24 de Abril de 2024) © via REUTERS - Ministério italiano da Defesa
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Mais de mil cidadãos da União Europeia (UE) já saíram do país. O número foi confirmado pelo chefe da diplomacia dos 27. No Luxemburgo, à margem de uma reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da UE, Josep Borrell, destacou a "operação complexa mas bem-sucedida”.

Entretanto, a embaixada francesa no Sudão foi encerrada temporariamente e vai continuar a funcionar a partir de Paris. Numa declaração conjunta, os ministérios franceses dos negócios estrangeiros e das forças armadas confirmam as operações no terreno. Segundo o documento, até agora, a força aérea francesa transportou entre Cartum e Djibuti cerca de 400 pessoas.

Espanha transporta uma centena de pessoas

O governo espanhol retirou cerca de 100 pessoas do Sudão no domingo. No final da manhã desta segunda-feira, 72 deles chegaram de avião a uma base militar na periferia de Madrid.

A Espanha juntou-se a outros países como os Estados Unidos, o Reino Unido, a França e a Alemanha que retiraram os seus nacionais ou pessoal diplomático do Sudão.

Entre as 100 pessoas transportadas pela Espanha estavam cerca de 30 cidadãos espanhóis e cerca de 70 nacionais de Portugal, Itália, Polónia, Irlanda, México, Venezuela, Colômbia, Argentina e Sudão, informou o ministério dos Negócios Estrangeiros espanhol.

Pilhagens e ataques

Milhares de sudaneses já fugiram para o Egipto, Sul do Sudão e Chade, que faz fronteira com Darfur. Esta região ocidental, a mais pobre do país, foi devastada nos anos 2000 por uma guerra sangrenta ordenada pelo ditador Omar al-Bashir, deposto em 2019. Agora, é mais uma vez assolado por pilhagens, ataques e atrocidades.

O Programa Alimentar Mundial (PAM) relata que "10 veículos e seis camiões de alimentos foram roubados", o que significa "4.000 metros cúbicos de alimentos" que não irão para os 45 milhões de sudaneses, dos quais mais de um em cada três sofria de fome antes do actual conflito.

Nove dias de luta pelo poder entre o exército e os paramilitares deixaram um rasto de morte e destruição e os confrontos não têm fim à vista. Segundo os últimos números avançados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), já morreram 420 pessoas e 3.700 ficaram feridas.

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