Níger: CEDEAO denuncia "tentativa de golpe de Estado"
Niamey – A situação é confusa no Níger: a CEDEAO, comunidade regional, denuncia uma tentativa de golpe de Estado. O chefe de Estado, Mohamed Bazoum, estaria a ser retido no palácio por elementos da sua guarda presidencial.
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Tanto a CEDEAO, Comunidade económica dos Estados da África ocidental, como a União Africana condenaram a actuação dos militares em Niamey.
A CEDEAO apelou à libertação imediata e incondicional do presidente nigerino, enquanto a UA denunciava a "traição" dos insurrectos "em relação aos seus deveres republicanos".
A situação continua confusa: a guarda presidencial teria procurado, em vão, obter o apoio do exército e uma tentativa de negociação teria fracassado, sintetiza a agência AFP.
Não se conhecem exactamente as reivindicações da guarda presidencial.
A AFP alega que militares armados estavam hoje visíveis em eixos nevrálgicos de Niamey, incluindo perante a televisão pública, sem bloquear, porém, a circulação.
O Níger é um dos últimos aliados dos países ocidentais na área do Sahel, região com forte incremento da violência extremista islâmica.
Para além disso os vizinhos Mali e Burkina Faso são geridos por militares golpistas que acabaram por se virar para novos parceiros, incluindo a Rússia.
A França, por intermédio de uma declaração da porta-voz do Ministério dos negócios estrangeiros afirmou "estar preocupada com os acontecimentos em curso no Níger e seguir com atenção o evoluir da situação".
Também a Organização internacional da Francofonia, através da sua secretária-geral, Louise Mushikiwabo, pediu respeito pela integridade física do presidente e a respectiva libertação incondicional.
Por sua vez o porta-voz do secretário-geral da ONU, Organização das Nações Unidas, Stéphane Dujarric alega que António Guterres, o líder da ONU "condena com a maior firmeza qualquer tentativa de tomada do poder pela força".
Os Estados Unidos pediram, também, a libertação imediata do presidente nigerino, segundo a agência AFP.
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