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Guiné Bissau

Guiné Bissau: Governo apela à ordem constitucional depois dos acontecimentos de 1 de Dezembro

O Governo guineense reuniu-se este sábado 2 de Dezembro de urgência, antes de publicar um comunicado em que, para além de "lamentar profundamente o ocorrido", considera uma "desobediência e afronta à ordem hierárquica" a actuação da Guarda Nacional ao retirar da prisão dois membros do executivo. 

O Presidente da República Umaro Sissoco Embaló anunciou que "segunda-feira [4 de Dezembro] haverá uma comissão de inquérito para apurar os factos sobre os confrontos entre a Guarda Presidencial e a Guarda Nacional, na manhã de 1 de Dezembro.
O Presidente da República Umaro Sissoco Embaló anunciou que "segunda-feira [4 de Dezembro] haverá uma comissão de inquérito para apurar os factos sobre os confrontos entre a Guarda Presidencial e a Guarda Nacional, na manhã de 1 de Dezembro. ISSOUF SANOGO / AFP
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O chefe de Estado da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, considerou este domingo 3 de Dezembro os confrontos armados de sexta-feira como uma “tentativa de golpe de Estado” contra o Presidente da República e anunciou uma comissão de inquérito para apurar responsabilidades.

De volta de visitas oficiais a Roma, Timor Leste e Dubai, para participar na COP28, o chefe de Estado, no seu regresso ao país, à chegada ao aeroporto de Bissau, respondeu aos jornalistas, recusando falar em português, e afirmando que “esta tentativa de golpe de Estado terá consequências pesadas”: 

O que vos digo jornalistas, é que esta tentativa de golpe de Estado terá consequências pesadas. O teatro acabou (...) e toda a gente que está implicada nesta tentativa vai pagar caro. Agora o império da lei tem que funcionar na Guiné-Bissau.

01:21

Umaro Sissoco Embaló denuncia "tentativa de golpe de Estado"

O Governo guineense reuniu-se este sábado 2 de Dezembro de urgência, antes de publicar um comunicado em que, para além de "lamentar profundamente o ocorrido", considera uma "desobediência e afronta à ordem hierárquica" a actuação da Guarda Nacional ao retirar da prisão dois membros do executivo.

Em entrevista à RFI, o porta-voz do Governo, Muniro Conté, avançou que se podia ter evitado esta situação de violência: 

Isto é um Estado de direito democrático e podendo ou não estar de acordo com a detenção dos Ministros, deviam ser usados meios legais para a libertação de ambos. O Governo condena este acto da Guarda Nacional. Estamos pernteuma disputa entre duas instituições que para nós poderia ter acontecido na base negocial, em vez de acontecer aquela rixa. Podia-se tentar, através do Ministério da Justiça, ou através da Polícia Judiciária, negociar com o Ministério do interior, através da Guarda Nacional para o retorno, ou a devolução dos prisioneiros. Podia-se acautelar para não chegarmos a estes extremos e trocas de tiros que lamentávelmente resultou em mortes. 

00:55

Porta-voz do Governo, Muniro Conté, avança que se podia ter evitado esta situação de violência:

Muniro Conté, em nome do Governo, lançou ainda um apelo à calma e à ordem constitucional: 

Queremos mais uma vez apresentar as nossa condolências às famílias enlutadas. Lançamos um apelo à calma e à serenidade, e que prevaleça ao mesmo tempo que a ordem constitucional, a ordem pública. Ordem pública que estamos neste momento a retomar, depois dos acontecimentos de quinta para sexta-feira [1 de Dezembrp], mas é preciso o respeito pela Consituição e pelas leis da República. 

O povo foi às urnas, fez a sua escolha, escolheu o Presidente da República, cujo mandato deve terminar nos prazos estabelecidos pela Lei. E também escolheu um Governo para governar a quem deu uma maioria de dois terços. 

01:43

Porta-voz do Governo, Muniro Conté, apela à calma e à ordem constitucional

O Presidente da República Umaro Sissoco Embaló anunciou que "segunda-feira [4 de Dezembro] haverá uma comissão de inquérito para apurar os factos sobre os confrontos entre a Guarda Presidencial e a Guarda Nacional, na manhã de 1 de Dezembro.

A Comunidade Económica e de Desenvolvimento da África Ocidental (CEDAO) e as Nações Unidas condenaram os actos de violência envolvendo forças do exército e da Guarda Nacional.

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