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Moçambique

Rede Moçambicana de Defensores dos Direitos Humanos denuncia mortes de manifestantes

Em Moçambique, a Rede Moçambicana de Defensores dos Direitos Humanos denunciou que, pelo menos, 27 pessoas foram mortas pela polícia na província de Nampula, no norte do país, no âmbito das violências pós-eleitorais.

Eleições autárquicas, Maputo, Moçambique, 11 de Outubro de 2023.
Eleições autárquicas, Maputo, Moçambique, 11 de Outubro de 2023. © LUSA - LUÍSA NHANTUMBO
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Adriano Nuvunga, presidente da Rede Moçambicana de Defensores dos Direitos Humanos, denunciou a morte, pela polícia, de perto de três dezenas de pessoas na província de Nampula, no norte de Moçambique. 

O responsável disse que as mortes aconteceram durante manifestações pacíficas lideradas pela Renamo, principal partido da oposição, que contesta os resultados das eleições autárquicas de 11 de Outubro. Adriano Nuvunga ameaça levar o Estado aos tribunais. 

A denúncia foi feita à margem da Cimeira dos Defensores dos Direitos Humanos, esta quarta-feira, em Maputo, sob o lema “25 anos da declaração sobre os defensores de direitos humanos: desafios e oportunidades para a protecção do activismo em Moçambique”.

Entretanto, a agência Lusa avançou, esta quarta-feira, que um rapaz de 15 anos foi baleado mortalmente por um agente da polícia em Marromeu, num protesto contra os resultados oficiais que dão a vitória à Frelimo na repetição da votação naquele município. A notícia foi confirmada por Dércio Chacate, porta-voz do comando provincial da Polícia da República de Moçambique em Sofala. O caso foi alvo de abertura de um processo e o agente em causa encontra-se detido na esquadra da PRM de Marromeu.

Na segunda-feira, o comandante-geral da corporação, Bernardino Rafael disse que pelo menos dois agentes da polícia moçambicana ficaram feridos e quatro pessoas foram detidas em tumultos ocorridos durante a repetição de eleições no domingo.

Também foram detidas quatro pessoas em Gurué, duas por ilícitos eleitorais e as outras duas quando colocavam barricadas na via pública. No distrito de Gurué, na Zambézia, foram registados tumultos entre populares e a polícia, com as pessoas a arremessar pedras contra os agentes, que, por sua vez, dispararam balas de borracha, gás lacrimogéneo e “balas reais” para dispersar os populares, ferindo uma pessoa, segundo dados avançados pela própria polícia.

Um total de 53.270 eleitores foram chamados, no domingo, a repetir a votação em quatro municípios. As autárquicas de 11 de Outubro foram fortemente contestadas pela oposição e sociedade civil, que denunciaram uma alegada “megafraude”.

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